Belarmino frequenta o último ano do curso de Direito, mas a música nunca deixou de o acompanhar. Neste novo EP disponível nas plataformas digitais a partir do dia 17 de junho, predomina o Guetto Zouk. Já no álbum “Altamente”, que tem lançamento previsto para o Outono, promete versatilidade e temas mais incidentes no acústico. Rapper por natureza, Belarmino admite que a versatilidade é importante num artista, o que é visível na fusão de estilos - Guetto Zouk, Rap, R&B, Hip-Hop, Pop. Em conversa com o ComUM, tenta definir-se a si próprio e esclarecer o significado que a música tem na sua vida.
ComUM: O álbum “Guetto Zouk” estará disponível nas plataformas digitais a partir do dia 17 de junho. O que pode esperar o público deste álbum?
Belarmino: Do álbum Guetto Zouk podem esperar alegria, amor e sobretudo entretenimento. Vão também neste trabalho conhecer um pouco mais da identidade do estilo em termos sonoros, daí o título Guetto Zouk.
ComUM: Como foi a parceria com LG Afro na música “Louco Maluco”, presente neste disco?
Belarmino: A parceria com o LG Afro nesta música vem significar o culminar de um processo que começou numa simples aventura. Neste tema, o LG deixou-me orgulhoso, mostrando que quando as pessoas querem e com uma certa dedicação e atenção a pessoas com mais experiência do que nós, podemos sempre reter muito. O tema “louco maluco” tem tudo a ver com a aventura supramencionada.
ComUM: Que diferenças existem entre este novo EP e o próximo – “Altamente”?
Belarmino: Este EP traz muita da sonoridade Guetto Zouk e reflete aquilo que foi o meu bater à porta no mundo da música comercial. Com muitos destes temas passei por algumas casas da região centro e não só, mesmo quando as músicas não estavam gravadas. O EP vem assim completar o número de “knocks” e a Farol Música significa mais uma porta aberta neste processo. Durante esta fase, vou mostrar-me mais completo. E, como artista, sou completo cantando Rap, consistindo aí a diferença entre o EP e o álbum “Altamente”. Neste último, vamos ter temas cuja produção incidiu mais no acústico e onde a versatilidade é acentuada.
ComUM: Que estilo musical predomina nas suas músicas? Qual o que “tem magia”?
Belarmino: Na perspetiva de quem está de fora predomina o Guetto Zouk – esta é a visão objetiva. Mas, numa perspetiva subjetiva ou intencional, predomina o Rap e isso será revelado no álbum “Altamente”. A versatilidade faz parte de mim enquanto artista.
“A beleza feminina é a melhor coisa que existe no mundo.”
ComUM: O que é que o deixa “sem cabeça”?
Belarmino: A beleza feminina é a melhor coisa que existe no mundo. Mas não se assustem. Normalmente vou sempre a tempo de recuperar a cabeça.
ComUM: Qual o significado da música na sua vida?
Belarmino: A melhor terapia. Acho que ela já me livrou de muitas doenças. Durante os meus primeiros anos em Portugal, se não fosse a música, eu ia enlouquecer. Por isso é que, independentemente de ganhar dinheiro com ela, eu a farei. Já faz parte daquilo que sou como pessoa.
ComUM: Como se definiria a si próprio?
Belarmino: Como uma pessoa que deseja ser a mais rica do mundo, mas sem precisar de ter uma gorda conta bancária, bastando-me o mínimo para conseguir pagar contas durante as 24 horas de cada dia. Resumindo, só preciso de: comer, beber, ter onde dormir, ter o necessário para pagar as minhas contas e um estúdio para poder entrar quando o bichinho da música não me deixar dormir.
ComUM: Com que artistas gostaria de fazer parcerias, quer nacionais, quer internacionais?
Belarmino: Gostaria de ter a Ana Moura a fazer o refrão de um som meu, bem como o Boss AC, Anselmo Ralph, Djavan, Seu Jorge. E, como as pessoas não vão presas por sonharem, Kendrick Lamar e Frank Ocean.
ComUM: O que tem em mente para projetos futuros?
Belarmino: O meu projeto “futuro” é mesmo finalizar o meu álbum “Altamente” que tem lançamento previsto para o Outono.