Os D'Alma são uma banda de Pop Rock do Porto e surgem agora com um novo álbum, Caminho D’Alma, disponível desde o dia 27 de maio nas plataformas digitais. O principal objetivo, na sequência do primeiro álbum – d’Alma – é perpetuar grandes poetas, entre eles Florbela Espanca e Fernando Pessoa. Caminho D’Alma tem a participação especial do compositor brasileiro Michael Sullivan, autor do tema “O Amor é Lindo”. Joaquim C. Silva, vocalista e compositor da banda, em conversa com o ComUM, afirmou que “a riqueza da linguagem em sentimentos na lusofonia é interminável”.
ComUM: “Caminho D’Alma” é o vosso álbum mais recente. Em que é que consiste?
Joaquim C. Silva: O novo álbum perpetua os poetas lusófonos através da música. Une diferentes culturas na poesia de língua portuguesa ao som da música.
ComUM: O que pode esperar o público?
Joaquim C. Silva: Pode esperar música melodiosa com a sensível poesia de bons poetas, característica da Alma portuguesa.
“Sentimos a necessidade de união entre as diferentes culturas.”
ComUM: Quais são as principais diferenças entre este álbum e o primeiro – d’Alma?
Joaquim C. Silva: Neste segundo álbum temos uma maior participação de poetas de expressão lusófona, porque sentimos a necessidade de união entre as diferentes culturas, devida à grande aceitação do álbum anterior. Incluímos poetas portugueses, angolanos e brasileiros. Estabelecemos uma parceria com o célebre compositor brasileiro Michael Sullivan no tema “O Amor é lindo”. A letra é minha e a música é de Michael Sullivan, onde atuamos em dueto.
ComUM: O que representa para a banda a Alma?
Joaquim C. Silva: A Alma é o sentimento, a força da palavra, a energia do poema com a força da música.
ComUM: Porquê a escolha do tema “Falo de Ti às Pedras das Estradas” como single de apresentação?
Joaquim C. Silva: Quando estávamos em estúdio, na fase de produção do álbum, esta foi a música que todos os elementos achavam que devia ser o single principal, uma música que ficava no ouvido, daquelas músicas que têm uma energia forte. Um poema marcante cheio de emoções de Florbela Espanca. A editora também concordou, deixando que tudo fluísse. Tem, pois, tudo o que de bom a música portuguesa faz – poesia com sonoridade musical.
ComUM: Tendo como objetivo perpetuar os grandes poetas, atribuem às vossas canções uma musicalidade própria. O que vos inspira para tal?
Joaquim C. Silva: Sou eu que componho as músicas. Têm, portanto, a minha energia, aquela que sinto quando leio o poema. Têm o prazer de cantar as palavras que os poetas imaginaram no momento, de forma a serem cantadas para a eternidade.
ComUM: Se pudessem atuar com outros artistas, nacionais ou internacionais, quem escolheriam?
Joaquim C. Silva: Rui Veloso, Jorge Palma, Sérgio Godinho, Marisa, Pedro Abrunhosa, GNR, U2 e Coldplay.
ComUM: Florbela Espanca, José Saramago, Ricardo Reis e Álvaro de Campos (Fernando Pessoa), Miguel Torga, Rita Margaret, António Aleixo, António Carlos Santos, Sofia de Mello Breyner Anderson, Ester Cid e Joaquim C. Silva, Machado de Assis, Cristina Lebre, Isabel Ferreira e Etelvina Diogo são os poetas mais imortalizados pela banda. Porquê estas opções?
Joaquim C. Silva: São os poemas com que mais me identifiquei para este álbum e são os poetas que eu gosto de musicar. Transmitem a sensibilidade de um povo independentemente da sua nacionalidade. A riqueza das palavras da língua portuguesa que unem culturas. Mas, num próximo álbum, serão outros, porque a riqueza da linguagem em sentimentos na lusofonia é interminável.
ComUM: Qual a definição mais adequada para a vossa música?
Joaquim C. Silva: A nossa música é Pop Rock com poesia com Alma. Música, emoções, sentimentos, movimento e vida.
“Chegarmos à sensibilidade de quem nos ouve. É a Alma da Banda.”
ComUM: Por fim, o que se pode esperar da banda nos próximos tempos?
Joaquim C. Silva: A banda quer seguir a filosofia de divulgar poesia através da música de diversos povos unidos pelos sentimentos expressos na escrita. Unificar a poesia na música. Sermos reconhecidos nos nossos objetivos principais. Chegarmos à sensibilidade de quem nos ouve. É a Alma da Banda.