A conhecida página na rede social Facebook “Memes UM” foi eliminada pela Prosegur, na sequência de denúncias que chegaram àquela entidade, por alegadas publicações abusivas que não iam ao encontro dos padrões de saber-estar da Prosegur. Um trabalhador da “empresa amarela” chegou mesmo a obrigar o administrador da página a encher (vulgo ‘fazer flexões’) tantas vezes quantos os gostos da página.
O trabalhador da Prosegur que fez a denúncia disse que se sentiu “ultrajado” pelas publicações da página, pois caricaturavam de forma “abusiva” fotografias de colegas e suas, em cerimónias da Universidade do Minho. “Cheguei a enviar um e-mail para o praxesabusivas@dges.mctes.pt, mas não me responderam. Se calhar aquilo não é bem praxe”, lamentou, chorando e desbotando os dizeres da sua farda.
O colaborador (forma moderna de dizer ‘trabalhador’), que preferiu manter o anonimato, disse que uma das fotos de um colega foi tirada quando estavam num jantar da empresa e um deles bebeu um shot, tendo feito de seguida “aquela cara de shot que todos conhecem”. “Puseram essa foto na página e ele sentiu-se humilhado”, queixa-se. “Ele até gosta de humor, mas há limites para tudo”.
Em declarações ao jornalista Venâncio Comunicante, Bruno Alcaide, presidente da associação académica minhota, disse não saber “de nada”, pois estas coisas “costumam passar-lhe ao lado”. Bruno Alcaide diz que conhece pouco da atividade dessa página e faz “de conta que ela não existe, tal como a reitoria da UMinho faz de conta que as praxes não existem, ignorando-as”. O presidente admite que nessa altura estava a praxar, mas que só praxa “mais pelo convívio do que outra coisa”.