“Braga, vamos começar isto?!” Foi como começaram, ontem, Vasco Palmeirim e Nuno Markl, no Theatro Circo, em Braga. “Top Genius: Guilty Pleasure” trouxe o melhor dos anos 80, numa conversa informal com gargalhadas garantidas.

O público foi entrando, pouco a pouco. Com ou sem ideia sobre como seria o espetáculo, muitos eram aqueles que traziam um sorriso no rosto. No palco, havia dois bancos, dois microfones e uma viola. Na tela, ao fundo do palco, via-se o cartaz do “Top Genius”. As luzes apagaram-se. Todos ficaram em silêncio. O espetáculo começou.

Ouviu-se a voz de Nuno Markl. As luzes acenderam-se, apareceram os dois humoristas e a sala encheu-se de aplausos. Explicaram o que seria o espetáculo: “Nada como aqueles artistas que têm tudo planeado”. Um momento ligado aos anos 80, mas com temas da atualidade também presentes. Abordaram-se várias categorias, com destaque para a música e para o cinema. Os olhos do público brilharam quando se relembrou o filme “Top Gun”, de 1986.

Interação com o público não faltou. O objetivo era que adivinhassem o que Nuno Markl desenhava, que era visível na tela. Muitos foram os palpites que se ouviram, com a intervenção de jovens e adultos. Depois disso, os dois humoristas cantaram e tocaram uma música dos anos 80, alterando a letra da música original para uma dedicada ao que tinham desenhado. Balão, sinusite e rinite e uma bola de futebol foram alguns dos resultados. À primeira pessoa que acertasse era atribuído um prémio e este era lançado ao público, a partir do palco. Lã, incenso e piaçaba foram alguns desses prémios.

Markl e Vasco Palmeirim falaram sobre as suas vidas. Sempre ligados ao humor, explicaram como se conheceram. “O que nos juntou, naquela altura, foi o facto de não termos carta de condução”, afirmaram. Markl contou como foi tirar a carta de condução, enchendo a sala de risos.

“Uma sala tão bonita” com uma “magnífica arquitetura”. Foi assim que os artistas se referiram à sala. “Vocês são incríveis! Incríveis!”, finalizaram. À saída do palco, provocaram gargalhadas, quando escorregaram na água que Markl tinha esvaziado da cabeça aos pés, no momento em que lhe foi entregue uma garrafa.

As pessoas do público mostraram surpresa pela positiva. “Não sabia muito bem para o que vinha”, declarou Helena Ribeiro. “Foi melhor do que estava à espera. Superou as minhas expetativas”, acrescentou. Carla Gonçalves caraterizou o espetáculo como “personalizado” e “acessível”, pois “pensava que não ia perceber a maior parte”. “Gostei muito”, rematou.