Os Benshee são uma banda portuguesa que está no seu processo de crescimento. No dia 7 de outubro o grupo apresentou o seu novo álbum "There's a World Outside That Door", em formato digital, cujo single de estreia é uma balada: “When I’m Gone”. Para conhecer melhor a banda, o ComUM entrevistou um dos seus membros, Diogo Caramujo.
De modo a enquadrar melhor os leitores, fala-nos um pouco da vossa história. Como é que a ideia da banda surgiu e qual foi o seu trajeto até hoje?
Os Benshee formaram-se em 2006. Quatro amigos que já tocavam juntos há algum tempo e surgiu a ideia de fazer algo mais sério. Em vez de covers, escrever músicas originais. Em 2009 lançamos o primeiro EP, “Waiting for the lights”. Corremos um bocadinho por todo o país em concursos e em pequenos concertos ou festivais de bandas. Depois disso, a banda teve uma paragem de cerca de quatro anos. Eu nunca parei de compor durante esse tempo e, em 2015, resolvi voltar a meter o projeto de pé, desta vez com um novo baterista e com um álbum por gravar. Retomámos os ensaios e começámos o processo de gravação. Estamos em 2016. O álbum está cá fora, “There’s a world outside that door”, e estamos mais felizes do que nunca. Os Benshee são: Diogo Caramujo, na voz e na guitarra, Tiago Caramujo na guitarra, Hélio Ferreira, no baixo, e Paulo Dias, na bateria.
“O álbum está muito mais rock do que pop, que até aqui marcava mais pontos na nossa sonoridade.” Porquê esta mudança?
A mudança foi um pouco inconsciente, não foi algo pensado ou um objetivo. Nós crescemos, a vida mudou algo em nós, pois muda sempre ao longo que os anos passam. Somos pessoas diferentes desde há dez anos. As histórias que queremos contar são outras, com uma carga emocional diferente. Isso traz mudança. Para além disso, trocámos de baterista, o que muda muita coisa também. A vinda do Paulo trouxe sangue novo ao projeto. Penso que isso conta e muito para esta nova fase da banda.
Se tivessem de exprimir este novo álbum numa só palavra qual seria?
Coragem.
Quais são as vossas expetativas para o futuro da banda?
As expetativas são de que, em conjunto com a Farol Música, a banda consiga chegar ao maior número de pessoas. É muito difícil, mesmo com editora, “furar” no panorama musical. Nós merecemos o nosso cantinho, o nosso lugar ao sol. Chegamos até aqui, agora é só trabalhar o dobro porque nada é garantido e nada se consegue sem trabalho. Não criamos muitas expetativas, é um passo de cada vez. Sabemos apenas que temos muito que trabalhar.
Quais são os próximos eventos em que os Benshee vão marcar presença?
Os Benshee estão de agenda ainda por fechar, mas, por agora, será a primeira aparição da banda ao vivo num concerto de apresentação do álbum. Algo intimista, numa sala em Lisboa durante o mês de Novembro.
Para terminar, uma curiosidade artística ou não-artística de cada um dos membros da banda.
Dentro da banda, chamam-me de Maestro. O Tiago quer tudo perfeito… mas, mesmo quando está perfeito, tem que estar melhor. O Hélio é o “paninhos quentes” (risos). Ele é quem nos mantém unidos, só que sem querer dar muito nas vistas. Por fim, o Paulo, que é o Zen da banda: “Está tudo bem, maninhos. Vamos conseguir, não discutam”.