“Estão todos a ouvir bem? Está alto. É o que importa!” Foi o que disseram ontem os Nice Weather for Ducks. Esta frase podia também ter sido dita por todos aqueles que durante os últimos nove dias fizeram parte do Braga Music Week 2016. Nove dias, dezenas de concertos e milhares de pessoas. Uma edição que marcou pela positiva.

No primeiro dia, houve chuva, mas a cidade preencheu-se de música nos restantes. Dois dias de músicas na rua, uma emissão de rádio, um dia de casas e um jogo de futebol. Estas foram algumas das ideias novas.

Na última noite, depois de Whales, a Casa Esperança já começava a ficar cheia com os Nice Weather for Ducks. “Estamos prontos amigos?” Perguntou várias vezes um dos vocalistas da banda, enquanto outro pedia ao público para se aproximar do palco. “Venham para a frente e tocamos a patos”, dizia.

Pouco depois da meia-noite, apareceu o primeiro crowdsurf com os Killimanjaro. Para acabar, chegaram os Ghost Hunt para fechar a quarta edição do Braga Music Week.

Por entre o público, opinião foi unânime e quer-se mais uma edição. “Entrar na casa de desconhecidos e ver concertos foi muito engraçado. Um conceito muito giro”, disse Lígia Silva. Carina Gomes entende que “este tipo de eventos ajuda a conhecer sítios novos” e considera que “o cartaz deste ano é melhor”. João Ribeiro fala em aspetos mais concretos: “Eu dou muita importância ao facto de eles apostarem em bandas locais e de terem posto uma temática em toda a semana”.

Segundo a organização, resultou. “Nos dias de ruas, o público aderiu. A malta foi ficando. Nos concertos em bares, tivemos espaços cheios e a emissão de rádio correu muito bem”, conta João Pereira, da Bazuuca, uma das entidades organizadoras.

Entre os concertos do último dia, João Pereira fez o balanço do festival. O organizador confessou ser difícil dizer que houve uma maior afluência do que no ano passado, porém, pensa ter tido mais de 20 mil pessoas.

A edição deste ano decorreu desde o dia 30 de setembro até ao passado dia 8 de outubro. “A ideia é continuar a crescer”, adianta João Pereira. O organizador conclui: “A estrutura está feita, os dias estão todos planeados; agora é uma questão de melhorar”. Para o ano há mais.

Fotografia: Sara Lopes