O álbum de estreia chama-se “The Wizard Spell” e a banda quer fazer magia com o rock enérgico que lhe é característico. Superando todas as contradições, os Cheers Leaders acreditam que é possível chegar com sucesso a um público-alvo sem cair num contexto mainstream. O projeto nascido em 2015 conta com o vocalista Nelson Fontes, o guitarrista Tiago Marques, Gil Ferreira no baixo e Miguel Ferreira na bateria.
Já afirmaram que “The Wizard Spell” é um “disco forte e cheio de energia”. Porquê este nome para o álbum de estreia?
“The Wizard Spell” reflete uma grande força de vontade de fazer algo acontecer. Neste caso um disco que compila músicas criadas pelos Cheers Leaders, onde o grupo uniu ideias e se expressou livremente mediante o que sentia no momento da criação dos temas.
Como caracterizam os temas deste trabalho? O que pretendem transmitir com as vossas letras?
Todas as composições são bastante diferentes umas das outras. A banda gosta que assim seja, pois evita seguir métodos ou esquemas de composição. Com as letras os Cheers Leaders tentam transmitir experiências tanto a nível pessoal em vivências terrenas, como a nível da evolução espiritual.
“Todas as composições são bastante diferentes umas das outras.”
Tendo em conta que são um grupo de amigos, como funciona o processo de criação? Existem divergências entre os elementos ou as composições costumam ser fluídas?
Geralmente, alguém chega com alguma ideia base ao local de ensaio e depois as coisas derivam e surgem naturalmente. Por vezes a ideia inicial nem sequer fica contida no tema, servindo apenas de gatilho para outra coisa completamente diferente. Por vezes demoramos mais tempo para finalizar uns temas do que outros, embora no geral tudo flua bem e algumas músicas apenas necessitem de ser mais trabalhadas ao nível das passagens, tempos, etc.
As vivências pessoais de cada um têm repercussões nos temas?
Sim, todos os nossos temas retratam algo vivido, alguma experiência por nós concretizada. As mensagens contidas nas músicas são uma tentativa de transmitir essas mesmas vivências e experiências.
“Todos os nossos temas retratam algo vivido, alguma experiência por nós concretizada.”
Em entrevista à Made in Portugal afirmaram que pretendem nas vossas composições “uma abordagem livre e com o vinco de individualidade de cada um”. Porque é que faz sentido para vocês seguirem essa linha?
Para nós, o que nos define enquanto banda é a nossa singularidade individual. Ao juntarmos os nossos ingredientes pessoais às nossas influências, podemos então começar a tentar criar algo genuíno, algo novo e fresco. É pela busca desta frescura que para nós faz sentido que vinquemos a nossa individualidade e que sejamos livres no momento da criação de novos temas, para que algo “refrescante” a nível musical possa surgir.
Os temas de “The Wizard Spell” são todos cantados em inglês. Consideram essa opção fundamental para uma maior recetividade? Ou não foi uma decisão fulcral?
As nossas maiores influências sempre foram de grandes bandas internacionais, especialmente britânicas, como Led Zeppelin, Black Sabbath… Daí a naturalidade de escrever e cantar em Inglês. Sem pensar em recetividade ou algo do género, até porque nós evitamos seguir tendências e fazemos aquilo de que gostamos. Acabou por ser apenas algo que aconteceu…
Seria fácil para uma banda com “uma forte raiz no rock” como a vossa chegar a outros países se os temas fossem cantados em português?
Em primeiro lugar, ainda estamos a tentar verificar a recetividade que as pessoas possam ter para com a nossa música por ser fora do contexto mainstream, por evitarmos fórmulas que possam trazer mais facilmente o sucesso. Mas mesmo assim, possivelmente juntando ao facto de a nossa música ser para um público alvo fora das massas, ainda fosse mais difícil conseguir chegar ao nível internacional ao cantar em português.
Quais as vossas ambições e planos para o futuro? Pensam numa tour?
De momento estamos em expectativa para saber o que surge com a nossa recente parceria com a Farol Música, que está a começar a distribuir a nossa música digitalmente. Obviamente que esperamos evoluir e crescer enquanto banda e que oportunidades de tours apareçam em breve para que possamos levar a nossa música até mais gente. Iremos continuar a tentar…