O conto de fadas infantil remonta ao ano de 1740, mas foi em 1991 que os estúdios da Walt Disney deram a conhecer a sua versão musical que é hoje admirada por tantos. “A Bela e o Monstro” deliciaram muitas famílias presentes ontem no Teatro Gil Vicente, em Barcelos.
O público entrou ansioso. O pano subiu. O silêncio foi imediato. Miúdos e graúdos preparavam-se para a hora mágica que se seguia.
A arrogância e a vaidade de um príncipe transformado em monstro abriram o momento. Só o amor verdadeiro levá-lo-ia a voltar à pessoa que era.
Bela teve a oportunidade de distribuir sorrisos e cumprimentos pelo meio do público. Estes sorrisos, porém, são rapidamente desfeitos quando a rapariga se vê obrigada a ficar prisioneira de um monstro como forma de salvar o seu pai.
Quem viu a peça ficou ora à gargalhada ora enfeitiçado. Com a ajuda de Lumier, da Senhora Samovar e do Relógio, humanos também afetados pela transformação, o Monstro prepara “algo romântico como… uma sopa”. Noutra cena, o feitiço dominou espetadores, com a dança dos protagonistas ao som de “Era uma vez”.
Com avançar da trama, Monstro magicamente vira príncipe e os espetadores comovem-se. “Embora por fora parecesses um monstro, no meu coração sempre foste um príncipe”, declara de forma embevecida a jovem.
No fim da peça, atores, músicos e todos os participantes receberam uma prolongada ovação. “Continuem a vir ao teatro e a apoiar as artes”, ouvia-se.
“É uma das minhas estórias de infância favoritas”, confessou Helena Pratinha, a encenadora de ”A Bela e o Monstro”. “Numa época em que se dá tanta importância à aparência física, é bom lembrar que a verdadeira beleza está no interior”, esclareceu.
Uma estória de encantar e com uma grande lição, “A Bela e o Monstro” vai subir ao palco hoje, dia 2 de outubro, em Barcelos e, na próxima sexta-feira, dia 7, em Viatodos. O espetáculo é da autoria Companhia de Teatro Barcelos, acompanhada pela Academia de Musica de Viatodos.
Fotografia: Sara Pereira