Senado Académico, Associação Académica, Conselho Geral e Reitoria. 2016 e 2017 são anos de eleições para os mais importantes órgãos de governo e de gestão da Universidade do Minho.
Senado Académico
O Senado Académico é um órgão consultivo “que assegura a coesão da Universidade”. Funciona em plenário e em três comissões especializadas — científica, pedagógica e de planeamento. Do ponto de vista da representatividade, o plenário é o mais diversificado, somando 11 partes diferentes da comunidade académica minhota.
As listas A e B são as atuais candidatas e ambas estão umbilicalmente ligadas às candidaturas à Associação Académica.
Nuno Reis é o cabeça de lista da Lista A. O estudante destaca a “intransigência absoluta” em relação ao aumento de propinas e promete discutir as políticas de ação social. Do lado da Lista B, é Bruno Gonçalves o líder. A sua candidatura foca-se na falta de “clareza” sobre a passagem da Universidade do Minho a regime de Fundação, ocorrida em Janeiro deste ano.
Obtidos os resultados eleitorais, vão ser eleitos três representantes, utilizando o sistema de representação proporcional e o método de Hondt. Podem votar todos os estudantes do 1.º, 2.º e 3.º ciclos de estudo, “desde que não tenham uma relação jurídica de emprego com a Universidade do Minho”.
As eleições são na próxima segunda-feira, 28 de novembro.
Associação Académica (AAUM)
Num momento raro em que três candidaturas se apresentam a votos, os preços das senhas da cantina da UMinho é o tema mais quente e que mais tem suscitado protestos por parte da comunidade académica (incluindo várias recolhas de assinaturas).
A Lista A, liderada pelo atual presidente Bruno Alcaide, diz-se “ligada à Academia” para alcançar “novos desafios”. Bruno Alcaide recandidata-se para um segundo mandato consciente “da qualidade e sucesso do trabalho realizado” no primeiro que agora termina.
Encabeçada por Diogo Cunha, a Lista B declara-se como “a voz alternativa”. Quer “imprimir uma nova dinâmica, uma nova ambição, afirmando uma cultura de gestão mais participada pelos estudantes”. O candidato é o actual vice-presidente para o Departamento Pedagógico da Associação, tendo a sua candidatura sido vista como uma ruptura para com Bruno Alcaide.
“Poder aos estudantes. Rompe o ciclo” é a candidatura liderada por Ana Ramôa, a única dos três candidatos que, ainda, não prestou declarações ao ComUM. Ao contrário das restantes candidaturas, é parca a informação visível sobre esta lista nas redes sociais e nos campi da Universidade do Minho. Vários protestos contra o recente aumento do preço das senhas foram liderados por estudantes desta candidatura.
Além de eleger uma nova direção, chefiada pelo presidente, nas eleições de 13 de dezembro todos os estudantes da UMinho podem também votar para a Mesa da Reunião Geral de Alunos e para o Conselho Fiscal e Jurisdicional. Orçada em valores perto de cinco milhões de euros, a AAUM é eleita para um mandato de um ano.
As eleições são a 13 de dezembro de 2016. Uma segunda volta, caso seja necessária, decorrerá no dia 21 de dezembro.
Conselho Geral
O Conselho Geral é o órgão máximo de governo e de decisão da UMinho. Funcionando sob a forma de colégio, é composto por 23 pessoas. São elas doze representantes de professores e investigadores, quatro representantes dos estudantes, um representante do pessoal não docente e não investigador e ainda seis “personalidades externas de reconhecido mérito”. O atual presidente do Conselho Geral é Álvaro Laborinho Lúcio, antigo ministro da Justiça de Cavaco Silva.
Este Conselho tem um mandato de quatro anos e está em funções desde 2015. No entanto, o mandato dos representantes dos alunos tem uma validade de apenas dois anos. Assim, não havendo ainda uma data marcada, as eleições para os novos representantes dos alunos no Conselho Geral serão provavelmente em abril de 2017.
Reitoria
O reitor é o representante máximo da Universidade e é um cargo desempenhado de forma individual e exclusiva. Com um mandato de quatro anos renovável apenas uma vez, António Magalhães Cunha é o atual reitor da UMinho, após ter sido eleito em 2009 e novamente em 2013. Significa isto que, a partir dos meses finais de 2017, a Universidade do Minho terá um novo reitor.
A equipa do reitor é por ele escolhida, havendo até quatro vice-reitores e cinco pró-reitores. As eleições serão em 2017, previsivelmente em outubro.