No passado dia 5, quem passasse pela Velha-a-Branca, no centro da cidade de Braga, não ficaria indiferente à ideia que ali se produziu. “OÓO2 – O Ócio Ocupa a Velha-a-Branca”. Dotado de arte e artistas, o estaleiro cultural recebeu inúmeras formas de cultura alicerçadas pelo Ócio, uma organização que se ocupa de divulgar as várias criações artísticas.
À entrada, a ideia de reconstituição artística era marcada pela presença de materiais de construção civil. As estruturas aí presentes captavam os olhares dos visitantes com o seu efeito visual.
Mais acima, no primeiro piso, encontravam-se as primeiras imagens do dia. Um conjunto de fotografias de José Caldeira dispunha-se pelas quatros paredes brancas. Apelidada de “Uníssonos”, a mais recente peça do fotógrafo mostrava um lado mais negro da fotografia.
Na sala seguinte, uma parede convidava o espetador a pintar algo do seu agrado. Os visitantes tornavam-se também produtores de arte e membros ativos na divulgação do projeto. Na mesma sala, afinavam-se os instrumentos musicais para a celebração da noite. O conjunto musical Solar Corona teve lugar marcado no palco da Velha-a-Branca para o primeiro concerto.
As apostas no ramo musical continuaram com This Penguin Can Fly. Composta por três membros, esta banda tocou antes da última atuação da noite, que animou os últimos espectadores: a DJ Set Claudette Chiclete.
Sessões de pintura e cinema também tiveram o seu lugar nesta festa. Luz, câmara, ação. Através de uma tela branca disposta na parede, os interessados puderam acompanhar várias produções de multimédia.
Tratou-se de mais uma noite cultural em Braga, sob a premissa de “reequacionar a própria forma de pensar, viver e definir cultura”, tal como se refere no programa do evento. O “OÓO2 – O Ócio Ocupa a Velha-a-Branca”, que contou ainda com a presença de “comes e bebes”, ficou a cargo da organização cultural minhota Ócio.
Fotografia: Gabriel Ribeiro