“Na pista de um rapto” conta a história de Mark, cirurgião plástico, que acorda num hospital. Aí descobre que a sua mulher morreu e que a sua filha bebé desapareceu. É este o mote que leva Mark a percorrer inúmeras peripécias e situações que o poderão por em risco.
“Na pista de um rapto” é um policial clássico. A partir de uma situação critica há um despoletar de situações que colocam o herói em risco. Estruturalmente o enredo está bem construído. O núcleo de personagens está bem pensado, pois tem personagens com diferentes personalidades e cujas camadas se vão descobrindo ao longo da história.
O desenvolvimento da história está bom, bem pensado. As ações de Mark são lógicas e os suspeitos são credíveis. Coben consegue expressar muito bem os sentimentos das personagens, nomeadamente de Mark, fazendo com que facilmente nos ponhamos na pele dele.
O único grande senão desta obra é mesmo o final. Na tentativa de surpreender o leitor, de encontrar o culpado menos esperado, o autor acaba por escolher uma pessoa totalmente descabida para o raptor do bebé. Surpreende? Sim. Apresenta motivos? Sim. É lógico? Não.
Podia falar também da pouca complexidade da obra, tornando este policial muito leve. Contudo, isto acaba por ser também uma coisa positiva, porque facilita a leitura da obra.
“Na pista de um rapto” é um livro que recomendo pela leitura simples e porque nos faz pensar sobre a perda humana e a maneira de lidar com ela.
E no final, a originalidade morreu sozinha
“Na pista de um rapto”
Harlan Coben
Editoral Presença
2004