Num mundo frio, é necessária a música

Cold World é o novo álbum da banda Of Mice & Men, e pode dizer-se que é um novo marco de crescimento no percurso musical do grupo. Este quarto álbum de estúdio é também o mais diverso, um projeto que reflete as várias adversidades que a banda teve na sua carreira musical. Ao contrário dos seus álbuns anteriores, concentra-se num som mais mainstream dentro do rock, do que o habitual do grupo (metalcore).

Fonte: listenherereviews.com

“Game of War”, a primeira mísica, mostra logo que este álbum tem um som diferente. Em vez de sermos abrangidos pelos sons pesados da bateria e das guitarras elétricas juntamente com os gritos do cantor, este tema é bastante calmo. O instrumental com leves batidas da bateria e o baixo marcam o tema, acompanhado pelo canto inesperado de Austin, o que me tomou de surpresa.

Foi uma daquelas músicas que tive de ouvir mais do que uma vez para gostar, e acho que não foi uma escolha muito inteligente ter sido posta em primeiro lugar, pois acho que diminui um pouco a atenção dos fãs que estavam à espera do som habitual. No entanto, ao ouvirmos a segunda música do álbum “The Lie”, já somos transportados para um som um pouco mais dentro do “normal” da banda.

A terceira música, cujo nome é “Real”, e “Away” a décima segunda música, são das minhas favoritas, talvez por serem das mais cativantes, com um refrão “sing along” e uma mensagem mais forte do que outras musicas que encontramos neste projeto.

Outro tema em que as letras são fortes, e que tem uma mensagem bastante pesada é “Pain” o single promocional do álbum. Digo que esta música tem uma mensagem bastante pesada, pois o vocalista da banda sofre de uma rara doença crónica que desde sempre lhe trouxe uma grande dor, e através destas letras ele explica isso: “Pain / Every day that I awake / In my blood and through my veins / Now there’s nothing left that you can take away from me”. O significado das letras, juntamente com o instrumental intenso e a agonia que se ouve na voz do cantor, tornam este tema num dos melhores do álbum.

Este é um álbum que causa sensações mistas. Alguém que tenha gostado do terceiro disco, “Restoring Forces”, poderá gostar também deste, uma vez que o som não é tão distinto. Mas para aqueles que preferem o som antigo da banda que podemos ouvir nos primeiro e segundo álbuns, acho que não irão gostar muito deste novo projeto, pois é algo bastante diferente.