Os Wolfmother, oriundos da Austrália, têm tido problemas na constituição da sua banda e na manutenção dos seus membros na mesma. Apesar de um Grammy, em 2007, ter iluminado o futuro da banda, o ano seguinte seria de saída para o baterista Myles Heskett e o baixista Chris Ross. A situação instável da banda manteve-se durante 5 anos, tendo sido anunciado o fim da banda, em 2013, pelo vocalista Andrew Stockdale. Contudo, 10 meses depois, Andrew reuniu um baterista e um baixista e a banda lançaria New Crown, em 2014. Dois anos depois, eis que os australianos lançam Victorious.

timtronckoe.com

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O singleVictorious“, que empresta o nome ao álbum, parece ir de encontro ao estado de espírito da banda: “Hate won’t get the better of us“. Se prestarem atenção à letra, e assumirem que “she” é a banda, vão perceber que o recado de Andrew Stockdale para os ex-colegas está lá: uma espécia de “vitória” sobre uma nuvem que assombrava a banda.

Em relação ao videoclip, perdoem-me, mas é uma desgraça: Andrew exagera na repetição dos seus movimentos “rockeiros” e os atores denotam alguma dificuldade em atuar num fundo verde.

Destaque também para “City Lights“, uma das principais faixas deste álbum, e uma das que melhor caracteriza a banda: a voz inconfundível de Andrew Stockdale, com os recortes de guitarra entre cada verso e o riff a separar a música em dois. Sem videoclip (mas merecia), porque é a segunda melhor música do álbum.

A última menção honrosa vai para a última faixa do disco, “Eye Of The Beholder“, que consegue terminar bem este Victorious. Um tom mais grave e mais duro, talvez um bom caminho a seguir nos próximos álbuns.

Contudo, o resto do álbum não me entusiasma, e talvez a desunião da banda seja a causa principal: Andrew tem 4 álbuns lançados sob o nome Wolfmother, mas já teve 8 membros diferentes em todos eles. Ian é o único que se te mantido “fiel”, e se Alex Carapetis se mantiver como baterista, talvez o próximo álbum dos australianos mostre um crescimento.

E como eu gostaria de ver isso…