13 Voices é o sexto álbum de estúdio dos Sum 41, lançado cinco anos depois do seu último disco, Screaming Bloody Murder, e relata o processo pelo qual o vocalista Deryck Whibley teve de passar, após ser diagnosticado com uma doença héptica induzida pelo álcool. Podemos encontrar neste projeto letras que exprimem a raiva que o cantor tem contra si próprio e contra a bebida. No entanto, transmite também um pouco de esperança.

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O primeiro single lançado pelo grupo foi “Fake My Own Death” e tenho a dizer que foi a escolha perfeita para tal. Provoca os fans, e ao mesmo tempo assegura que o som do grupo não mudou muito, transmitindo um sentimento de nostalgia em relação aos antigos temas da banda.

A primeira música do álbum “A Murder of Crows (You’re All Dead To Me)” é uma ótima forma de começar o disco. O suave instrumental de uma guitarra, acompanhado pelo violino, criam uma harmonia que nos desperta atenção. Já a transição que se realiza depois para um poderoso instrumental torna este tema ainda mais interessante. A partir desta música apercebemo-nos logo da raiva que o cantor sente.

Goddamn I’m Dead Again”, a segunda faixa, é um tema que nos relembra logo do álbum Chuck, de 2004. A primeira parte da música é tudo o que esperamos dos Sum 41. É na segunda parte que somos surpreendidos com um solo de guitarra que dura mais de um minuto, e que nos faz lembrar do som dos Metallica.

There Will Be Blood” remete-nos muito o álbum Underclass Hero, de 2007. Com um refrão viciante acompanhado pelas letras sing-along: “we’ll take the souls of the little ones, and that might be you!”, rapidamente se tornou num dos meus temas favoritos. Diria que o seu instrumental é um dos mais intensos de todo o disco, e isso torna-o num dos melhores.

13 Voices” o tema que dá o nome ao álbum. Inicia-se com um instrumental que se destaca no primeiro minuto e vai progredindo até se tornar num dos melhores riffs de todo o disco. Juntando os vocais de Deryck, é uma música que fica no ouvido e que remete mais uma vez para os clássicos do grupo.

War” foi o segundo single lançado pelo grupo e diria que apesar de não ser uma música com um instrumental que se destaque tanto quanto os anteriormente referidos, é um dos meus temas favoritos. As letras são das mais sinceras que podemos ouvir. O vocalista fala sobre tudo aquilo que passou e o arrependimento que sente por ter chegado ao ponto que chegou: “With all that I’ve done, it’s too late/ I can’t take back all that I have become”. Contudo apesar de todas as dificuldades por que passa afirma que está pronto para a “guerra”: “And I’m not gonna let this go/ I’m ready to settle the score/ Get ready cause this is war”.

Tenho a dizer que este foi um dos melhores álbuns do grupo de sempre. É um álbum que combina os seus álbuns anteriores (Chuck, Underclass Hero e Screaming Bloody Murder, de 2011), e apresenta-nos assim uma versão mais polida da banda. É um disco que mexe connosco, e por isso mesmo torna-o num dos melhores dos canadianos.