Barcelos foi a terra da magia, às 21h00 desta quinta-feira. A ambição de um grupo de estudantes do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) levou a palco o espetáculo solidário “MagIPCA”. Bruno Santos, Diogo Capa, Hélder Palma, Helena Rocha, Hugo Lopes, Margarida Alves, Simão Gomes e Maria Lopes criaram o projeto. O custo de entrada, 2,50 euros, reverteu, na totalidade, para o Fundo de Emergência Social do IPCA. “Este fundo apoia os alunos com dificuldades económicas, cuja bolsa de estudos não consegue suportar”, explicou o porta-voz Bruno Santos.
Os ingredientes estavam todos preparados para o espetáculo que juntou dezenas de pessoas no auditório, que vinham a convite de amigos ou familiares. “Tomei conhecimento do evento através de um amigo meu, que é um dos organizadores do evento”, afirmou Rúben Costa.
A Tuna Feminina do IPCA abriu a noite de espetáculo e aqueceu o auditório com a melodia das vozes e dos instrumentos. Sara Pinto, caloira da Tuna, mostrou-se bastante satisfeita com o “mini-concerto”, expressando entusiasmo por ter a oportunidade de participar neste projeto: “É sempre bom estarmos presentes num evento solidário”.
E se os espetadores já estavam envolvidos na causa, a teatralidade e o sentido de humor de Francisco Mousinho, o mágico convidado, aumentaram ainda mais o entusiasmo.
O jovem conquistou a plateia desde o primeiro momento, tal como contou Rúben Costa: “O mais incrível é ele ter apenas 20 anos e já conseguir dominar uma plateia da forma como o fez.”
Os truques de ilusionismo aliados à performance do artista cativaram miúdos e graúdos como, aliás, já esperava o grupo. Bruno Santos afirmou que a escolha do tema “magia” não foi em vão: “Sabíamos que este tema iria prender a atenção de qualquer público”.
“Sabíamos que este tema iria prender a atenção de qualquer público”
O artista Francisco Mousinho também ficou bastante contente com a interação do público. Declarou sentir uma “empatia mágica”. Aceitou o convite por ter o lema de aceitar três convites solidários por ano. “Este já é o oitavo”, acrescentou. Foi a primeira vez do artista em Barcelos, mas confessou que a “informalidade e cumplicidade” sentidas com o público presente foram “cruciais para o sucesso” do espetáculo.
Na plateia, Deyvidson Celso, um aluno da instituição, mostrou-se grato por existirem colegas que se preocupam com os outros: “Eu precisei de ajuda. Por isso, eu agora gosto de ajudar as pessoas também”. É um projeto “muito rico e feliz”. Para o jovem, “a magia e a solidariedade formaram uma moldura humana”.
Também Waldo Quaresma, que ajudou o grupo na parte informática, louva a iniciativa dos colegas: “É muito gratificante que os jovens tenham esse tipo de pensamentos. Eles movem a alma e realmente empenham-se”.
“Eles movem a alma e realmente empenham-se”
Apesar de satisfeitos com o projeto que levaram a cabo, o grupo reconheceu que houve algumas dificuldades no planeamento do evento. Os problemas fizeram-se sentir, sobretudo, na “gestão e na angariação de apoios”, evidenciou Hélder Palma, um dos organizadores. Para ultrapassar estes contratempos, a equipa contou com a colaboração da Associação Académica. “Como é lógico, a associação está cá para ajudar os alunos, ainda para mais pela causa em si”, argumentou André Soares, presidente da Associação.
No final, um coffee break juntou a plateia e os artistas, que recordaram os momentos de descontração, humor e ilusionismo. “Foi um sonho tornado realidade”, rematou Diogo Capa, um dos mentores do projeto.