Na passada segunda-feira o projeto Atelier dos Pikis foi apresentado, no Instituto de Educação da Universidade do Minho, por alunas dos cursos de Ciências da Comunicação, Educação e Economia da academia minhota. O projeto tem o intuito de dar às crianças de Pedra Badejo, na ilha de Santiago, em Cabo Verde, “novas experiências didáticas.”

Foi durante o estágio realizado por estas alunas naquela zona que surgiu a ideia de transformar esta experiência em algo mais sério, criando um projeto que continuasse a apoiar a cidade e o seu maior tesouro, os seus “Pikis”- palavra usada para descrever as crianças naquela região.

Para além da apresentação do projeto, o evento contou com a presença de alguns professores do Instituto de Educação, que deram a conhecer um pouco mais sobre o funcionamento dos estágios em Cabo Verde. Os presentes tiveram a oportunidade de visualizar o documentário realizado por Inês Carrola, “Nha Storia”, o seu trabalho final de licenciatura, nomeado para os prémios Shopia Estudante, e que descreve a realidade de uma família cabo-verdiana. Este evento contou ainda com duas actuações musicais, a primeira interpretada por Diogo Agapito e Diana Reis e a segunda pelo CAUM (Coro Académico da Universidade do Minho).

Segundo Filipa Gomes, aluna do segundo ano do curso de Ciências da Comunicação, esta atividade, desenvolvida por algumas das colegas que a viram chegar à Universidade do Minho, foi sobretudo esclarecedora para quem não conhecia o projeto. Afirma que foi “um evento acima de tudo dinâmico e que os momentos musicais foram muito bem inseridos no contexto”.

Para as organizadoras do projeto o seu principal objetivo é dinamizar a vida das crianças da localidade de Pedra Badejo, em Cabo Verde. “Os bens mais necessários neste momento são sobretudo matérias escolares, pois em Cabo Verde são muito caros. o que impossibilita algumas famílias de os comprar”, destaca Marisa Lopes, uma das fundadoras do projeto.

As cinco estudantes que puseram de pé o “Atelier dos Pikis” destacam como meta a curto prazo a remodelação do centro infantil de Pedra Badejo, e a sua dinamização social. A longo prazo esperam poder criar bases para uma continuação do seu trabalho, quando tiverem de regressar a Portugal.

As voluntárias irão partir para Cabo Verde apenas em janeiro, pelo que ainda é possível contribuir para o projeto.

Henrique Ferreira, Mara Ribeiro