“Are you ready? I said are you ready?!” Foi assim que os The Black Mamba anunciaram a sua subida ao palco do Theatro Circo, na noite de ontem. Foram duas horas repletas de blues, soul e funk, que contaram com muita energia e uma participação especial.

Ainda com as cortinas fechadas, a voz do vocalista dos The Black Mamba, Pedro Tatanka, bastou para o público soltar o primeiro forte aplauso da noite. As primeiras músicas tocadas, todas presentes no último disco da banda, “Dirty Little Brother”, ofereceram um aperitivo para o prato principal que estava para vir.

O público ia acompanhando com palmas e, por vezes, cantava. Os momentos de improviso da banda elevaram o concerto: do saxofone à bateria, o público não ficou indiferente à magia musical que se fez ouvir. A voz de Tatanka e o seu carisma captavam a atenção e despertavam a admiração de alguns. O artista soltava algumas gargalhadas: “Em casa quando deixo a porta aberta a minha mulher diz-me sempre “És de Braga?” Mas vocês deixam sempre a porta aberta, é?”

Quando chegou a vez de tocarem “Darkest Hour”, tema que conta com a colaboração de António Zambujo, Pedro Tatanka falou de como aconteceu a gravação. Quando Zambujo se apresentou em estúdio para gravar, trazia calçado uns chinelos e vestia uns calções. “Não esperava muito aquilo, mas foi um orgulho para nós gravar com o monstro musical que ele é, sendo nós uma banda de merda”, afirmou o cantor. Com esta história, o concerto ganhou ainda mais energia, o que deixou o público mais contagiado pelos ritmos que se ouviam.

Os espetadores foram ainda mais ao rubro quando, para a música final, Pedro Tatanka chamou a palco Diana Martinez, da banda Diana Martinez & The Crib. Juntos interpretaram o mais recente êxito da banda, “Wonder Why”, que, na versão de estúdio, conta com a participação de Aurea.

A banda não abandonou o palco sem dizer ao público que espera ter sempre as portas abertas em Braga.