Subordinado ao tema “Latin’América”, o festival de tunas da Azeituna arrancou com o calor de temas vindos da América Latina, entre sotaques e musicalidades de países do outro lado do oceano. Como já é habitual, entre as atuações, a apresentação ficou a cargo do azeituno “Koiso”, que com piadas sobre homens, mulheres e gases, arrancou muitas gargalhadas à plateia. A 23ª edição do CELTA – Certame Lusitano de Tunas Académicas – começou esta sexta-feira, dia 9, no Theatro Circo.

A noite estava agradável e a sala bracarense ia-se enchendo, enquanto por trás da cortina vermelha se ouviam as últimas afinações de instrumentos. Aguardando o início do espetáculo, do lado da plateia um burburinho de conversas – algumas em espanhol – pairava no ar.

Por volta das 21h20, a luz apagou-se. A cortina subiu para revelar a tuna anfitriã em frente a um fundo de luz azul, criando um jogo de sombras. A progressiva iluminação mostrou então um cenário tropical e vários chapéus “Mariachi”. Como já é costume, o instrumental “Celta” deu início ao espetáculo.

Logo depois, os ritmos claramente latinos tomaram conta da sala. “Corazón espinado” levou a que o público prontamente se juntasse com palmas. Seguiu-se “Suavemente” e, com uma música venezuelana, a tuna azul despediu-se.

Foi então a vez da primeira tuna concorrente subir ao palco. A Tuna Académica do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (TAIPCA) representou uma cena de mafiosos, muito associada aos cartéis sul-americanos. Depois, tocou um arranjo da série de televisão “Narcos”.

Fazendo jus ao nome desta edição do festival, fez-se ouvir “Latin’ América”, do grupo português Jafumega. Numa passagem pela Argentina, a tuna apresentou a sua versão de “Don’t Cry for me Argentina”. E trouxe até um figurante que envergava a camisola 10 e que deu uns toques numa bola de futebol.

Seguiu-se “A Barca dos Amantes”, de Sérgio Godinho. Juntou-se à “epopeia latino-americana” uma adaptação de “Não deixe o samba morrer”, chamando-lhe “Não deixe o CELTA morrer”. Houve ainda tempo para dois temas sobre a cidade de Barcelos – um deles “O Galo é o Dono dos Ovos”. A TAIPCA terminou a passagem no palco com um solo de guitarra elétrica, trazendo um ambiente entusiasmante à sala.

Já a Tuna da Universidade Católica Portuguesa do Porto protagonizou um momento cómico com um maestro dançarino que coordenou o tema instrumental. “Maria Lisboa”, de Amália, foi o tema seguinte, onde as pandeiretas estiveram em destaque.

Filipa Castro Gomes

Filipa Castro Gomes

Para fechar a noite, a Tuna Universitária do Minho – tuna extraconcurso –  trouxe ao palco uma variedade de canções alusivas ao tema do certame, com um tema a cappella cantado em português do Brasil.

Este sábado, pelas 21h00, o espetáculo continua com a atuação das restantes três tunas a concurso e a entrega de prémios. À  semelhança da noite de sexta-feira, a festa continua na discoteca Lustre.