Os Embaixador fazem questão de cantar em português e de tocar “sem truques”. Filipe Moura (voz e guitarra), António Costa (baixo) e Gonçalo Aires (bateria) compõem o trio. O regresso da banda é marcado pelo novo álbum, “Sombra”, fruto de um ano e meio de trabalho em estúdio e de concertos. O álbum foi gravado no AMP Studio do produtor Paulo Miranda, uma colaboração já familiar para os Embaixador, que contaram com a produção de Paulo Miranda no EP “Os Dedos e os Anéis”, lançado em 2015. Filipe Moura falou ao ComUM sobre o mais recente projeto e sobre os planos da banda para o futuro.

“Sombra” sucede “Os Dedos e os Anéis”. O que distingue estes dois projetos?

Essencialmente o espaço temporal que os separa (cerca de 1 ano e meio). O que nos permitiu ter maior consolidação a tocar juntos e a compor. Essa é a maior diferença.

Porquê “Sombra”?

Surgiu com alguma naturalidade. Sempre nos apelidaram de fazermos um rock “agri-doce”, acabou por ser um nome que surgiu rapidamente…

Falem um pouco sobre o que inspirou a composição das músicas de “Sombra”.

As mesmas temáticas de sempre: o dia-a-dia, relações, amores, desamores… a vida, no fundo.

De todo o CD, que tema indicam como preferido e porquê?

Essa é difícil, mas talvez o tema “Acolhe-me em Ti” seja o preferido pelos três. Há coisas que não se explicam por palavras, simplesmente sentimos que esse tema nos causa um pouco mais de “pele de galinha”!

Qual foi o feedback dos vossos seguidores relativamente a este último trabalho?

Até agora tem sido positivo. Onde temos um feedback mais direto é através das atuações. E nas duas atuações que demos no mês passado, tivemos uma boa reação das pessoas. Por outro lado, o vídeo do primeiro single – “Sufoca a Meus Pés” – tem tido bastantes visualizações e partilhas, e isso é sempre um bom indicador.

Gravaram no mesmo estúdio que nomes como The Legendary Tigerman e The Poppers. Como foi gravar neste estúdio e trabalhar com o Paulo Miranda?

Já tínhamos trabalhado com o Paulo na gravação do EP “Os Dedos e os Anéis”, mas foi ele a vir cá “abaixo”, para produzir nos Blacksheep Studios em Sintra. E sempre ficou apalavrado que gostávamos de ir lá “acima” gravar no estúdio dele, e assim foi. Acima de tudo, estávamos inseridos num ambiente muito caseiro e, pela primeira vez, estivemos cinco dias afastados da rotina diária e totalmente concentrados na gravação, o que é importante.

Quem podemos dizer que são os Embaixador?

São uma banda de rock, que fazem questão de cantar em português, que tocam sem truques e que não escondem nem camuflam as “arestas”. Tocamos com alma e de forma muito honesta e isso agrada a quem nos vê ao vivo.

Que momentos destacam no percurso da banda?

Gostamos sempre do dia em que editamos/divulgamos um novo trabalho/single. E desta vez não foi exceção. Ficamos sempre curiosos para ver a reação das pessoas. Depois, as atuações para nós são sempre o ponto alto, ainda para mais numa banda com as nossas características, em que o “volume” e a energia têm um papel fundamental na nossa música.

…as atuações para nós são sempre o ponto alto…

Para finalizar, quais são os planos da banda para o futuro?

O plano passa não apenas por ter mais concertos, mas essencialmente termos concertos em que consigamos chegar a um número maior de público. É essencial dar esse “salto” de modo a conseguirmos tocar em eventos com maior exposição e é nesse objetivo em que estamos focados. Pretendemos também lançar pelo menos mais dois singles e respetivos vídeos (primeiro trimestre e eventualmente segundo ou terceiro trimestre de 2017) para este álbum.

O plano passa não apenas por ter mais concertos…