O Museu Nogueira da Silva abriu portas, como previsto, às quatro da tarde de ontem para a inauguração da exposição “Kairos e Aeon – Luz e Tempo”, da autoria de Victor Luz. Os quadros receberam um toque exótico e um público saudoso.

“É um projeto essencialmente a ver com luz, de uma forma muito normal. É aquele espaço de tempo.” Victor Luz destaca a “parte digital” como “a alma do projeto”, com vista a “redimensionar as coisas para uma dimensão a que as pessoas não estão habituadas”. Numa referência a um certo exotismo presente nas obras, o autor da exposição explica ainda que “as cores também acabam por ser essa fuga da realidade.”

A exposição conta com quatro quadros expostos, compostos por 100% de algodão. O restante trabalho de Victor Luz encontra-se presente num dossiê que pode ser consultado no mesmo sítio, mas com o cuidado adicional de se ter que usar um par de luvas.

Susana Ribeiro, organizadora da exposição do artista, confessou tratar-se de “um trabalho muito especial”. “Sou amiga há muito tempo do Vítor e ajudá-lo na concretização deste projeto foi, de facto, um desafio pessoal e profissional”, declarou.

O diretor do museu, Miguel Duarte, expressou satisfação em relação à exposição e uma certa concordância no que toca ao exotismo das obras. “Puxando a brasa à [sua] sardinha”, o dirigente aproveitou para apelar aos estudantes universitários para uma maior frequência do espaço cultural.

Com a chuva a cair nas ruas, as pessoas não deixaram de estar presentes na inauguração da exposição de pintura. Foi com carinho e num ambiente familiar que família e amigos do autor visitaram a sua exposição e mostraram o seu orgulho pelo arranque do projeto. Visitantes mais novos também marcaram presença e trouxeram brincadeiras e correrias, que encheram a galeria.

A exposição “Kairos e Aeon – Luz e Tempo” encontra-se presente na Galeria da Universidade do Minho, no Museu Nogueira da Silva, até 30 de dezembro.