A Lista A – “Afirmar a Universidade, Valorizar as Pessoas, Ganhar o Futuro!”, encabeçada por Rui Vieira de Castro, venceu as eleições para o Conselho Geral da Universidade do Minho (UM), ao conquistar oito dos 12 lugares em disputa para a representação dos docentes e investigadores. No duelo entre Alcaide e Gonçalves, a lista A – “Construir Academia”, do presidente da associação académica, garantiu três lugares contra um da lista B – “Juntos pela Academia”. Por último, no único lugar designado para o pessoal não docente e não investigador, a lista A garantiu a vaga, que será representada por Victor Soares.

Numa eleição muito concorrida pelos docentes e investigadores, e pelos não docentes e não investigadores, os estudantes foram o oposto, com apenas 8,4% de participação – às 16h a Comissão Eleitoral informava que apenas 6% dos alunos tinha exercido o direito de voto. Ora, isto indica que apenas 1513 alunos, de um universo de mais de 17 mil eleitores, votaram para os quatro lugares pertencentes a estudantes no Conselho Geral (CG).

Os quatro representantes dos estudantes serão Bruno Alcaide, Nuno Reis, Inês Silva (Lista A) e Bruno Gonçalves (Lista B), assegurando um mandato de dois anos na representação dos alunos. De realçar que, dos quatro estudantes eleitos, três já exercem mandatos em órgãos da academia, mais precisamente na AAUM – Bruno Alcaide, presidente da associação académica, Nuno Reis, presidente-adjunto, e Inês Silva, no departamento de apoio a núcleos.

A lista liderada por Bruno Alcaide pretende reivindicar a eliminação de determinadas taxas e emolumentos que, segundo o próprio, “não estão a ser usadas para o seu objetivo inicial”. O líder da lista A vê pontos positivos e negativos na passagem a fundação – um dos tópicos mais abordados quer entre as listas estudantis, quer nas de docentes -, afirmando, no debate entre as listas candidatas a representar os alunos, “é sobretudo necessário garantir que este modelo não traz os aspetos negativos que poderá trazer”. O presidente da AAUM é o único dos quatro eleitos que servirá pelo segundo mandato consecutivo.

 Vieira de Castro vence, de goleada

As urnas encerraram às 18h, numa votação que decorreu, pela primeira vez, através da internet, e em que os docentes participaram em peso, com apenas 15,4% de abstenção. A Lista A, liderada por Vieira de Castro, garantiu o dobro dos lugares das outras duas listas, com 56,93% dos votos, alcançando oito dos 12 lugares em disputa. As listas de João Monteiro e Óscar Gonçalves dividiram as restantes vagas, com dois representantes de cada uma das listas. A lista C, de Óscar Gonçalves, diminui assim os lugares ocupados pela “Universidade Cidadã”, que entre 2013 e 2017 tinha quatro representantes.

Esta vitória abre caminho à provável nomeação de Rui Vieira de Castro para o cargo de reitor da UM, substituindo António Cunha que atinge o limite de mandatos ainda este ano. Com oito lugares dos docentes e investigadores ganhos, adivinha-se uma tarefa mais facilitada do líder da lista A.

Relembre-se que, em entrevista ao ComUM, Vieira de Castro afirmou que “houve um debate significativo” sobre a passagem a fundação da universidade, sendo favorável à mudança de regime da academia. O antigo vice-reitor da UM não abre a porta a aumentos nas propinas, mas também não coloca em cima da mesa a descida das mesmas.

O que é o Conselho Geral da UM? Como funciona? O que faz?