Os resultados das eleições para o Conselho Geral foram homologados esta sexta-feira pelo presidente do Conselho Geral, Álvaro Laborinho Lúcio. Ainda no rescaldo das eleições para o Conselho Geral da Universidade do Minho (UM), João Álvaro Carvalho, presidente da Comissão Eleitoral, analisou os resultados, comentou a abstenção e justificou as falhas técnicas que marcaram este ato eleitoral. Face aos erros relatados no e-mail académico, a Comissão Eleitoral negou a possibilidade de repetição das eleições para a representação dos funcionários, dado que a percentagem de votos afetados não influenciou o resultado final.

A elevada taxa de abstenção por parte dos alunos leva o presidente da Comissão Eleitoral a lamentar o “desinteresse face a este órgão da Universidade”, mostrando-se, no entanto, satisfeito com a subida da participação em relação aos anos anteriores. “Nas primeiras eleições ficou abaixo dos 5%, em 2009. Em 2013, subiu para os 5,6% e, desta vez. foi de 8,5%”.

“De forma geral estas eleições correram bem e isso é traduzido a partir do aumento da participação, não só na votação, mas em todo o processo”, disse João Álvaro Carvalho. O responsável pela Comissão Eleitoral lamenta “não poder dizer que foi um estrondoso sucesso, pois existiram algumas falhas técnicas e que, de alguma forma, mancharam o panorama geral”.

O professor da Escola de Engenharia afirma que o não envio da mensagem de confirmação de voto para a caixa de correio dos eleitores foi rapidamente resolvido com a substituição do servidor. Alertou ainda para o facto de que esta mensagem de confirmação em nada interferia no lançamento do voto para a urna.

As falhas no servidor foram um dos maiores problemas desta eleição, com destaque para a atribuição de votos em branco a quem votasse na Lista C dos representantes dos não docentes e não investigadores. João Álvaro Carvalho afirma que o erro “foi detetado às 9h31 na sala da Comissão Eleitoral e por volta das 10h05 já estaria resolvido”. Admite que “alguns votos em branco na urna eletrónica dos trabalhadores não docentes e não investigadores terão votos cuja a intenção era votar na lista C”, mas confirma não saber quantos boletins teriam esse objetivo. Mesmo assim, a comissão entendeu que não seria necessária uma nova votação, uma vez que, feitas as contas, em nada alteraria o resultado final.

Relativamente à mudança para o voto eletrónico, o professor entende que os números obtidos “não terão nada a ver com a mudança efetuada”. Para João Álvaro Carvalho, provavelmente, a votação através da plataforma evotUM, motivou o aumento da participação. Realça ainda que “nas primeiras edições destas eleições só havia um candidato e agora eram três, portanto as coisas ficaram mais disputadas”.

Henrique Ferreira, Mara Ribeiro