O Salão Medieval da Reitoria da Universidade do Minho recebeu o XIII Encontro de Coros Universitários (ECU) com casa cheia, no dia 8 de abril. Pela primeira vez, o Coro Académico da Universidade do Minho (CAUM), organizador do evento, associou-se a uma causa social e recolheu material escolar para distribuir em Cabo Verde.
O coro “da casa” abriu o espetáculo com uma atuação que silenciou a audiência. Seguindo rigorosamente as indicações do maestro, as vozes foram-se adequando à acústica da sala, causando uma explosão de sensações no público. Para terminar a primeira apresentação da noite, o CAUM convidou o GMP (Grupo de Música Popular) para tocarem uma música em conjunto.
Este momento foi marcado pelo privilégio da música portuguesa, um dos objetivos deste ECU. Sendo um dos primeiros grupos culturais da Universidade do Minho, o GMP dedica-se a fazer “arranjos contemporâneos e harmónicos da música tradicional portuguesa”, enchendo o Salão da Reitoria de ritmo, acompanhado pelas palmas do público.
O Coral do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (CICBAS) e o Coro Misto da Universidade de Coimbra atuaram, de seguida, e trouxeram um pouco do espírito académico de outros pontos do país. Fazendo uma curta apresentação de cada um dos seus grupos, contaram algumas histórias das suas digressões e prometeram aproveitar a folia que a cidade de Braga tem para oferecer, contrariando o estereótipo de “meninos do coro”.
Foto: Daniel Miranda
Antes da apresentação final do CAUM, O ECU recebeu um grupo vindo da Roménia. A “Snaps Vocal-Band”, composta por professores de música, com muita experiência vocal, animaram o espetáculo com uma apresentação cheia de humor. Apesar de ser constituída apenas por quatro vozes, estas chegaram para encher a sala e arrancar muitas reações de quem os ouvia. O grupo destacou-se pela sua interação com o público e capacidade de se adaptar a vários géneros musicais, desde o jazz ao pop. Começando com um tema tradicional do seu país, os romenos realçaram o objetivo deste Encontro de valorizar a música popular.
Foto: Daniel Miranda
“E porque O ECU e o CAUM também são feitos das pessoas que” vão mas “não podem ficar para sempre”, a última atuação da noite reuniu antigos coristas, que brindaram o público com “A gente vai continuar”. A música, interpretada há vários anos pelo coro, acabou por ser um dos acontecimentos mais emocionantes da noite.
Depois de agradecer a todos os que ajudaram a tornar a realização do evento possível, o CAUM proporcionou um momento peculiar, oferecendo um “coralinho” – um objeto de identificação dos elementos do coro – a “duas figuras que acompanham o seu projeto, praticamente, desde sempre”. Assim, Ricardo Silva, Presidente da Junta de Freguesia de S. Victor, e Alberto Queirós, o fotógrafo de todos os eventos do grupo cultural, tornaram-se elementos do Coro da Universidade do Minho.
Foto: Daniel Miranda
Alguns integrantes do CAUM preparam-se, agora, para ingressar num projeto solidário e musical no município de Santa Cruz, situado na Ilha de Santiago, em Cabo Verde, onde entregarão os objetos recolhidos no evento.
Foto: Daniel Miranda
