Vindos de Vila das Aves, os Sete Pedras na Mão, abriram o palco do terceiro dia do Enterro da Gata. A banda que venceu a edição de 2017 do UMplugged não esconde a incerteza numa carreira na música mas, “se a música der, melhor.”
Como é que os Sete Pedras na Mão começaram?
Hugo (vocalista): Começamos ainda na escola, no 7º ou 8º ano, numa espécie de clube de música. Na altura começamos na brincadeira, tocávamos uns covers até decidirmos levar a coisa mais a sério e fazer uns originais. E depois separamo-nos, eu fui para uma secundária eles para outra mas com dedicação e vontade continuou-se a fazer ensaios e nunca perdemos o contacto.
Que trabalhos têm desenvolvido?
Hugo: Começamos a sério, como Sete Pedras na Mão, em 2014 e gravamos logo uma Demo. Mais recentemente lançamos o single “Futuro Incerto” e no passado dia 1 de abril lançamos o EP “Coisa”.
Têm algum álbum planeado?
Gil (baixista): Nós temos mais coisas do que no EP, muitas mais. Mas ainda não pensamos em lançar um LP. Para mostrar temos o EP, óbvio que o concerto mostra o triplo, mas ainda não pensamos em álbum nem em nada do género. Tudo a seu tempo.
O que acham do ambiente académico? Sentem-se em casa?
Hugo: Eu sou o único da Universidade do Minho. O Rui (guitarra) e o Gil estudam no Porto e o Joel (guitarra) e o Pedro (bateria) ainda estão a acabar o secundário. Mas eu pelo menos sinto-me em casa por isso, vai ser um bom concerto.
O que vos levou a concorrer ao UMpuggled?
Hugo: Eu conheci o UMpuggled já um bocado tarde porque pensei que era só o dos DJ’s. Um colega do meu curso participou e ele virou-se para mim e disse: “Então não vais participar no concurso?” E eu: “Que concurso?” “No UMpluggled, para as bandas” e pronto foi aí.
O UMpuggled foi uma rampa de lançamento para a banda?
Pedro: As estatísticas das nossas redes sociais dizem que sim.
Gil: As visualizações nas redes sociais subiram bastante. Foi uma boa rampa de lançamento.
Quais são as vossas influências?
Pedro: É muito na onda de rock e stoner rock: Queens of the Stone Age, Foo Fighters.
Gil: Sempre ouvi muito de tudo, mesmo de tudo, coisas que nem têm nada a ver com o que tocamos. Mas o que mais me influencia é aquele rock mais clássico tipo Black Sabbath.
Hugo: E rock português. Manuel Cruz para mim é uma grande referência. Agora mais recentemente o Davide Lobão, Linda Martini e mesmo os Capitão Fausto.
Alguma vez pensaram dividir palco com os Capitão Fausto?
Hugo: Cartaz não é a primeira vez. Atuamos no Indie Music fest em 2014, nós muito pequeninos num dia e eles muito grandes noutro. Mas dividir palco com os Capitão Fausto é muito bom. E ficamos contentes com o dia, pelo menos olho para o cartaz e não havia melhor dia para nós. Escolheram muito bem o dia.
O futuro é na música?
Hugo: É complicado. Nós gostaríamos que sim, mas é sempre complicado. Todos nós estamos na universidade e esperamos que os cursos corram bem. Mas se a música der, melhor.
Há algum palco que ambicionem pisar?
Hugo: Há muitos. Paredes, Nos Alive, SuperBock SuperRock.