Homem do jogo
Fejsa
Imperial para a conquista dos três pontos e do tetracampeonato do SL Benfica. O internacional sérvio voltou a terminar uma época a sorrir e festejou o seu décimo título em nove anos – três ao serviço do Partizan, três pelas cores do Olympiacos e agora quatro ao serviço do clube da Luz. Talvez por isto, e pela experiência que foi adquirindo ao longo dos anos, tenha voltado a dominar por completo o terreno de jogo sem que nenhum adversário fosse capaz de o importunar.
Primando sempre pelo pragmatismo e pela solidariedade, Fejsa mostrou-se quase omnipresente. Ora apareceu a fechar nas alas, não dando espaço ao virtuosismo de jogadores como Hernâni, ora ofuscou o melhor Hurtado da carreira, ora empurrou a sua equipa para o ataque. Absolutamente brilhante em todas as fases do jogo e o expoente máximo do melhor Benfica da temporada.
Em cima
Raul Jimenez
A abundância de lesões e o grande nível de Mitroglou, não o impediu de ser absolutamente determinante na reta final do campeonato. Embalado pelo golo da vitória em Vila de Conde, ganhou a bola que deu o primeiro do encontro e que desestabilizou por completo Rafael Miranda, um elemento nevrálgico do adversário. Mais tarde, respondeu da melhor forma a uma reposição incrível de Ederson Moraes, fugindo a toda a defesa vimaranense e contando com a ajuda de Pedro Henrique para fazer o tento de tranquilidade.
Pizzi
Se habitualmente já é genial em todas as suas ações, sem a pressão dos médios adversários fez efetivamente tudo o que quis. Marcou, assistiu, esteve diversas vezes perto do golo e patenteou cada metro quadrado do campo que pisou.
Cervi e Salvio
Irrequietos, galgaram metros sem acusar qualquer tipo de pressão. Trabalharam muito em prol do grupo e saíram com a sensação de missão cumprida. O primeiro inaugurou o marcador logo aos onze minutos e ganhou a grande penalidade que deu o quinto golo, já o segundo desfez Konan, como nunca antes visto.
Em baixo
Rafael Miranda e Zungu
Foram, durante grande parte da temporada, extremamente importantes no processo de jogo da formação de Pedro Martins. Hoje, perante um Benfica motivado e a apresentar o melhor futebol da temporada, os médios vimaranenses surgiram irreconhecíveis, sem clarividência, coesão e agressividade para impedir a festa vermelha e branca. Se, por um lado, Rafael Miranda perdeu várias bolas em zona proibida, Zungu estendeu por diversas vezes a passadeira vermelha a Pizzi, Jonas e Raul Jiménez.
Indíces de agressividade
Proveninente de sete jornadas consecutivas a vencer, dez sem perder, com o melhor aproveitamento de pontos da sua história e com ainda aspirações de chegar ao terceiro lugar, o Vitória apresentou-se irreconhecível.
Sem pressionar e sem conseguir ligar setores, deixou o Benfica a jogar ao seu bel-prazer, tornando-se um convidado perfeito para uma festa há muito anunciada. Menção honrosa para João Aurélio que entrou para dar alguma clareza aos minhotos, acabando por evitar que os números finais chegassem a uma dimensão histórica.