“Havia um sonho antigo de organizar um festival de rock na região, mas foi-se adiando”, explica Adriano Pereira, um dos fundadores da “Gerês Events”. Empenhados em levar a ideia avante, criaram uma empresa que pretende “alargar horizontes culturais na zona” e garantir que “o Gerês não é só paisagem”.

O Gerês Rock Fest acontece a 28 e 29 de julho e haverá uma continuidade de eventos durante o ano, da organização da empresa “Gerês Events”. Blind Zero e Paus, “a banda do momento”, são os cabeças de cartaz. A acompanhá-los estarão os Smix Smox Smux, Big Red Panda, Grandfather’s House, Bed Legs, Scream4Revolution, entre outros.

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O rock é o prato forte, mas também há vestígios de indie. O conceito do cartaz passa pela eleição de bandas de regiões mais próximas, mas também por incluir bandas emergentes, numa ótica de aproximação aos mais experientes e de treino em palco. Adriano recorda-se da ânsia que sentia por pisar um palco nos tempos em que tocava numa banda e queria aprender com os melhores.

Luís Fernandes, dos Scream4Revolution, espera que as pessoas adiram a este evento. “Tem todo o potencial para se tornar num grande festival, no nosso festival”. O baixista reconhece que a oportunidade de integrar a primeira edição do Gerês Rock Fest é “uma responsabilidade muito grande”, mas também “muito gratificante” e garante que estão a preparar um concerto que fará as pessoas desfrutarem ao máximo do evento.

A localização no Campo do Gerês não levanta quaisquer constrangimentos, pela proximidade ao Parque Nacional da Peneda-Gerês. O recinto localiza-se do outro lado da rua e não terá qualquer ligação com os limites do Parque em si. No entanto, segundo Adriano, “esta localização traz grandes responsabilidades”, pelo que já foram desencadeadas as ligações com as entidades locais necessárias.

Sandra Oliveira, responsável pela Comunicação, explica o conceito por trás da imagem do festival. O roxo é dos lírios, a flor representativa do Gerês. O símbolo é uma cabra, o animal típico da região, que se transforma numa guitarra. O nome é claramente identificativo do estilo musical predominante.

Uma das ideias por detrás do conceito do evento é a sensibilização para a questão ambiental. Salienta-se o protocolo com a “Braval EcoParque” e com a “Thumbeo”, uma app de partilha de boleias que se autointitula “uma solução mais amiga do ambiente”. Haverá também autocarros da “Transdev” que partem de Braga com ligação direta ao recinto.

Quanto a atividades paralelas ao evento, Adriano garante que “não irão faltar”. Estamos a preparar surpresas para os festivaleiros dentro do recinto”. A localização foi pensada para proporcionar momentos de diversão e relaxamento, garantidos desde já pela proximidade à barragem de Vilarinho das Furna e a uma empresa de animação turística.

Esperam-se entre 3500 a 5000 pessoas por dia. “Vamos ter uma primeira edição muito boa. Será o primeiro festival de muitos”.