Começou ontem a terceira edição do Rodellus. O Dia Zero teve direito a entrada livre, e o recinto rural encheu-se de pessoas descontraídas para verem os tão aguardados Conjunto Corona, que levou o público ao êxtase. A noite abriu com os Moon Preachers, e o palco também recebeu O Amante Negro, com os seus movimentos peculiares e suaves e com a sua voz envolvente.
Com uma energia inesgotável e a dar tudo em palco, os Conjunto Corona encerraram a primeira noite desta edição do festival campestre. A banda e o público interagiram, cantando em uníssono as letras das músicas e abanando a cabeça e o corpo para seguirem o ritmo. Quem conhece os Corona, conhece o Homem do Robe. Este, vindo de Gondomar, o que por si só levantou cânticos dignos de campanha partidária para esses lados, foi chamado a palco e marcou presença durante todo o concerto. A cantar “Fruta da Ilha”, a banda distribuiu meia garrafa com hidromel pelo público, para ser feita a vontade “assim na Terra como no Céu”. Ouvir “Pacotes” foi outro momento alto da noite, em que se viu uma chuva de pacotes de açúcar lançados para a plateia e retribuídos para o palco.
“Façam o barulho que quiserem. Estamos em Braga!”, berraram os músicos portuenses. “Putas, levantem as batutas” e “Chino no Olho” foram das músicas em que o público mais se fez ouvir, desta banda que se assume como “hippie”. Fazendo referência a nomes de algumas terras pertencentes a Braga e ao Porto, “Mafiando Bairro Adentro” rendeu todos aqueles que assistiam na plateia, neste serão de quinta-feira.
Vindos diretamente da Margem Sul para o Norte do país, foram os Moon Preachers que fizeram as honras e deram início ao festival. Apesar de alguns problemas inesperados com a bateria, a festa não parou. O concerto aconteceu com uma guitarra frenética e com uma bateria possuída, acompanhadas por duas vozes desta banda em que reina o punk-psicadélico. O grupo aproveitou para anunciar que o próximo álbum sairá no final do ano ou início do próximo.
Quatro músicos apareceram com um vestuário e acessórios negros da cabeça aos pés, ou não fossem eles O Amante Negro. Numa vibe mais descontraída e serena, vieram “espalhar amor e fantasia”. O Amante Negro é “tudo aquilo” que as pessoas quiserem: “um amante de luxo, episódios da nossa vida, as vossas e as nossas fantasias”, sugere o vocalista. ”Serei o teu” e “Preferido” foram duas das canções ouvidas d’ O Amante Negro, que se inspira no romance e na traição para fazer música.
O primeiro dia do festival “para quem não tem medo do campo” chegou ao fim com os três concertos no Palco Rua. A festa continuou pela noite adentro com o DJ Set SBSR.fm w/ Candy Diaz.
Julho 29, 2017
É pena não ter descoberto a existência do festival mais cedo
Julho 29, 2017
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