Terminou este domingo a história décima edição do Milhões de Festa. Depois de muitas novidades ao longo de quatro dias cheios de concertos e outras actividades, o último dia do festival contou com alguns dos concertos mais esperados da edição, como o dos Pop Dell’Arte, e muito (muito) rock. Daquele que não deixa ninguém quieto. O Milhões acabou em grande e aos pulos, e deixou todos à espera do próximo salto do cada vez mais procurado festival de Barcelos.
Os Pop Dell’Arte foram uma das bandas mais esperadas no festival Milhões de Festa e atuaram na noite do seu último dia, no palco Milhões. Não são “gajos estranhos” ao público e estão em atividade desde os anos 80. O seu concerto foi um misto de emoções muito grande, ouvia-se rock com letras quase sem sentido com músicas como “Querelle”, mas também se podia embalar ao som de “La Nostra Feroce Volontà D’Amore”, que silenciou o público e transportou-o para outro século e para outro país com o seu toque clássico e língua italiana.
Pixvae foi uma surpresa, que se relevou positiva pela reação do público em geral. Levaram-nos à Colômbia num “barco de rock”. Um concerto onde se abanava a cabeça para seguir o ritmo da música, mas também onde se dançava ao som da música tradicional latina. Duas vozes femininas, uma percussão do outro lado do mundo faziam toda a diferença ao lado da típica bateria, guitarra e saxofone. No final do concerto, o público pedia por mais, o seu pedido foi concedido através da sugestão de um dos vocalistas da banda, que na sua língua e entre risos disse: “Se quiserem ouvir mais, poderão encontrar o nosso disco na zona do merchandise”.
Meatbodies “rebentaram os tímpanos com a força do seu rock, acabadinho de sair da garagem e dirto para o palco Lovers. Uma “barulheira” que contagiava o público com o típico headbanging ao ritmo das músicas, todos em sincronia.
Ainda num clima intenso, houve a atuação de Bad Breeding, que rebentaram pela sua alma e provocaram um mosh bem poeirento e classicamente agressivo, onde não faltou a presença do próprio vocalista. No fim da música, limitou-se a sair pelo próprio pé da área reservada aos espetadores, e dirigiu-se ao palco para arrumar o material. Mais um dia de trabalho.
O fim da tarde que todos estavam a pedir foi preenchido com a atuação dos suave Geração, no pºalco Taina. Mais “domingueiro” não podia ser: música descontraída para um público descontraído e ainda cigarros e fruta dados, literalmente de bandeja.
Também foi mais um dia de mergulhos na piscina, desta vez com o jazz e electrónica dos Sarathy Korwar e Hieroglyphic Beinh, que se juntaram para uma sessão de improviso.