Eu “sou do tempo” (sinto que já posso usar esta expressão) em que havia férias também para o ComUM. Na verdade, “no meu tempo”, o ComUM não era exatamente o que é hoje, tal como, na altura, não era o que tinha sido anos antes. Não que seja melhor ou pior, é apenas diferente. Todos os anos, há pessoas novas, com ideias frescas, que arriscam e experimentam. E esse é o verdadeiro propósito de um jornal académico como o ComUM. E é bom saber que, todos os anos, existe gente com vontade de ser diferente e de inovar, mesmo que isso signifique tirar as férias aos jovens colaboradores…

Lembro-me da primeira reunião que tive para o ComUM. Não foi bem uma reunião, foi mais um “treino de captações”. Foi aí que decidi que queria colaborar com o jornal e aprender com os colegas mais velhos, que são os primeiros contactos que temos com aquela nova realidade. Estava longe de imaginar todo o percurso que iria ter pela frente. Foram três anos de aprendizagem e de grandes desafios. O mais complicado surgiu no último ano em que colaborei com o ComUM.

Verdadeiros ‘problemas técnicos’, relacionados com o então site, chegaram a pôr em causa a habitual atividade do jornal. Foi a 30 de novembro de 2013. Acordámos, numa manhã de sábado, com um site que não era bem o nosso. “Letras estranhas” e “quase tudo negro” – era o que conseguíamos descrever na altura. Ainda hoje, não sei bem o que era aquilo.

Nunca pensei que o ComUM ficasse por ali, porque também nunca iríamos deixar que isso acontecesse, mas sabia que havia muito que poderíamos perder. Acabámos por perder vários trabalhos, que não conseguimos recuperar, e a identidade visual do ComUM, por não ser possível aceder aos ficheiros de que precisávamos. Nada estava a correr bem.

A única solução era recomeçar. Não do zero, mas quaseCriámos, com a imensa ajuda de docentes e colegas de curso incansáveis, um novo site e uma nova imagem e apresentámos o renovado ComUM no dia do seu aniversário, duas semanas depois do início de toda esta situação.

Este é apenas um episódio desta caminhada. Hoje, quatro anos depois, acho que não podia ter corrido de outra forma. Todos os anos há desafios mais ou menos complicados, mas que são superáveis se houver quem acredite neste projeto. E tem havido sempre. Que assim continue!