Nos idos de 2011, eu era uma “caloira” acabada de chegar à universidade. Podia, agora, discorrer sobre como me senti, sobre as primeiras impressões, sobre como tudo era novo e, confesso, um pouco intimidante. Mas essa é uma história talvez para outra altura.

Na verdade, desta vez, vou falar um bocadinho sobre a minha experiência no ComUM. Na primeira reunião em que participei, quando estavam a apresentar este jornal online aos novos alunos de Ciências da Comunicação, disseram-me que o ComUM era como uma oficina de aprendizagem, um local onde podíamos colocar em prática aquilo que aprendíamos nas aulas e, ao mesmo tempo, tínhamos contacto com a realidade dentro e fora da universidade. Em suma, tínhamos um sítio em que podíamos ter uma amostra daquilo que é ser jornalista no ‘mundo lá fora’.

Já passaram quase seis anos desde essa reunião (como diriam os nossos pais: o tempo passa a correr). O ComUM é, de facto, um sítio que complementa a formação académica, que nos dá mais ferramentas para estarmos prontos para o que nos aguarda quando deixamos a segurança da universidade.

Lembro-me daquela vez em que fui até ao centro de Braga para cobrir um workshop e, quando cheguei, verifiquei que este não se iria realizar porque foi cancelado à última hora – nesse momento, constatei que teria de aprender a lidar com o facto de que nem tudo corre como planeado, quem nem sempre recebemos a aguardada resposta, que nos cancelam no último instante. Isto acontece mais vezes do que gostaria de admitir.

Lembro-me, também, daquela vez que fui à Centésima Página cobrir o concerto de uma banda que até então desconhecia. E fiquei a gostar muito dos A Jigsaw. O ComUM mostrou-me que ser jornalista também é conhecer pessoas novas e interessantes, com as quais temos sempre algo a aprender, sobre as mais variadas áreas. Só temos que manter uma mente aberta.

Descobri investigadores da UMinho e as suas pesquisas. E como a investigação, das ciências exatas às humanas, é importante e falar sobre ela também o é. Chegaremos mais longe.

O ComUM deu-me colegas que muito me ensinaram. E continuam. Obrigada. Acho que é importante agradecer àqueles que fundaram o ComUM, a todos os que lá escreveram antes de mim, quando eu, os que lá escrevem agora e os que virão no futuro. É uma multitude de gente, muita da qual não conheço mas, mesmo assim, é um orgulho fazer parte da família.

O ComUM tem crescido muito, especialmente para alguém que agora o vê crescer de fora, e faz bom jornalismo, daquele que dá gosto ler, ver e ouvir. A essência, essa permanece, a mesma, a meu ver. Com todas as experiências percebi que o ComUM é um jornal que nos prepara para ‘o mundo lá fora’. Não digo real porque, para mim, o ComUM já é mundo real também.