Começou ontem a 8.ª edição do Festival de Outono, um conjunto de atividades culturais promovidas pelo Conselho Cultural da Universidade do Minho e pela Rádio Universitária do Minho (RUM). Os eventos decorrem por Braga, Guimarães e Monção, mas o momento alto do dia de abertura passou-se no Salão Medieval da Reitoria, no centro histórico de Braga, com o concerto da Orquestra da Universidade do Minho.

Dirigida pelo maestro Hans Casteleyn, a Orquestra da Universidade do Minho, criada em 2006, entrou debaixo de um ininterrupto soar de palmas, com a platei a preencher quase na sua totalidade o salão medieval. Fato preto e gravata bordeux, da cor da universidade, entraram com o objetivo de concentrar a atenção da audiência única e exclusivamente no essencial, a música por eles produzida.

Diogo Rodrigues/ ComUM

Diogo Rodrigues/ ComUM

A orquestra tocou sinfonias como ”O mar e o navio de Simbad”, ”A história do Príncipe Kalendar”, ”Festa em Bagdade”, entre muitas outras. Em comum tinham todas uma forte sonoridade que provocou ao longo do concerto, sensações de arrepiar a alma. Muitas pessoas procuravam apreciar cada tema de olhos fechados, revelando assim uma forte conexão com a melodia.

Também a comunidade estudante fez parte da plateia (maioritariamente alunos do curso de Música), sendo que estes, para além de apreciarem com exaltação a prestação dos colegas, fizeram questão de partilhar esse mesmo orgulho nas redes sociais. As “instastories” fizeram voar a música para fora do salão medieval, e as sinfonias tocadas também se fizerem ouvir nos telemóveis de todos aqueles que ficaram fora da Reitoria.

Diogo Rodrigues/ ComUM

Diogo Rodrigues/ ComUM

Aplaudida de pé, a orquestra despediu-se assim de mais uma participação no Festival de Outono, ficando esta marcada por opiniões bastante positivas, não só por parte do público, mas também pelos mais entendidos do assunto. ”Foi um ótimo concerto, liderado por um excelente maestro e, além disso, também a entrega dos músicos foi plena, o que fez com que o público reagisse calorosamente ao concerto”, disse Gil Magalhães, professor de flauta transversal na Universidade do Minho.

Diogo Rodrigues/ ComUM

Diogo Rodrigues/ ComUM

Iniciado da melhor maneira possível, o Festival de Outono prolonga-se até ao dia 30 de setembro. Teatros, exposições, sessões de poesia, entre outros eventos, encherão o fim-de-semana de cultura entre o Museu Alberto Sampaio, o Museu Nogueira da Silva, o Paço dos Duques de Bragança, a Casa Museu de Monção, entre outros espaços.

O ponto alto da noite de sexta volta a ser no Largo do Paço, na Reitoria, por onde passarão os concertos de Mazgani e Dead Combo, a partir das 22h.