Foi num ambiente digno de dérbi do Minho que o SC Braga bateu, este domingo, o seu arquirrival Vitória SC por 2-1. A raça e entrega de ambas as partes substituiu o futebol “bonito”, num jogo onde o pragmatismo reinou.
A partida começou com a motivação dos jogadores bracarenses bem evidente. Não só por se tratar de um clássico minhoto, mas também graças à vitória a meio da semana frente ao Hoffenheim, a contar para a Liga Europa. Contudo, o primeiro lance digno de registo pertenceu aos pupilos de Pedro Martins. Com um ataque conduzido pelo lado esquerdo, Raphinha rematou a bola em esforço contra as malhas laterais. Apesar do esforço vimaranense, a tendência do jogo continuava a recair sobre a equipa da casa, que se mantinha mais confortável no jogo, conseguindo jogar no meio-campo defensivo do Vitória.
À passagem do minuto 14, as atenções viraram-se para a grande área visitante, quando João Carlos Teixeira caiu e reclamou grande penalidade. O árbitro entendeu que o médio simulou a falta e sancionou-o com o cartão amarelo. Nove minutos volvidos e o SC Braga chega ao primeiro golo do encontro. Cruzamento de Sequeira para Paulinho, que se antecipa a Konan e atira a bola para o fundo da baliza com um golpe de cabeça.
O golo acabou por fazer adormecer os bracarenses no encontro e é desse mesmo sono que o emblema da cidade-berço chega ao empate. Numa incursão pela faixa esquerda do ataque, Raphinha, um dos mais inconformados do Vitória SC, rematou cruzado para o golo do empate, num lance em que Matheus não fica isento de culpas.
Quando já todos esperavam o regresso às cabines, o SC Braga chegou inesperadamente ao empate. De novo um cruzamento, desta vez de Esgaio, a encontrar a cabeça de Hassan, que atirou para o segundo golo arsenalista. Estava feito o 2-1 no encontro.
A segunda parte trouxe um jogo morno e com uma manifesta dificuldade do Vitória SC em esboçar uma reação que tardava em surgir. As substituições não surtiram o efeito desejado na perspetiva de Pedro Martins, que procurava o golo do empate. Já Abel usou as substituições para colocar a equipa mais fechada e para refrescar alguns setores do terreno.
A única oportunidade de perigo da segunda parte passa pelos pés de Xadas que, já em tempo de compensação, faz um grande remato em arco. Seria um golo de levantar o estádio, mas a “redondinha” teimou em passar ligeiramente ao lado do poste.
Com esta vitória, o SC Braga sobe à zona de acesso à Europa e com a moral reforçada por dois grandes triunfos nos últimos dois jogos. Já o Vitória SC mantém-se com sete pontos, em igualdade pontual com o Belenenses.