De nome inspirado na curta-metragem “Dear Phone” de Peter Greenaway, os Dear Telephone apresentaram ao público, ontem e anteontem, no Theatro Gil Vicente, “Cut”, o seu mais recente álbum. A banda barcelense trabalhou na composição do mesmo durante os anos de 2016 e 2017, tendo visto a luz do dia a 26 deste mês.

A começar na primeira música, “Fur”, e a acabar com “The First Person Ever”, os Dear Telephone fizeram questão de tocar todas as músicas do novo disco. Havendo ainda espaço na setlist para “Revelator”, “Let Me Rest On Your Couch” e “Everything We Know” do primeiro álbum da banda, “Taxi Ballad”, que se juntaram “Close My Eyes” do primeiro EP, “Birth of a Robot”.

De sala quase cheia, os Dear Telephone conseguiram captar a atenção de todo o público sentado, que ia balançando a cabeça enquanto sentia as melodias suaves e aconchegantes das novas músicas. A somar às qualidades musicais, os espectadores ouviram ainda a voz descontraída de Graciela Coelho, acompanhada por um coro, composto por cinco pessoas, que ajudou à concretização deste concerto.

Andreia Miranda / ComUM

Andreia Miranda / ComUM

André Simão, baixista da banda, foi aquele que interagiu mais com o público e acabou por se mostrar imensamente agradecido, revelou ser um prazer tocar o novo disco “precisamente no sítio onde tudo começa, que é na nossa cidade”.

Uma das músicas mais entusiasmantes para o público terá sido “Automatic”. André explicou ser “uma canção sobre o facto de ser bastante importante fazermos o que é suposto, mas mais importante ainda é fazermos o que nos apetece”. “Everything We Know” foi uma das músicas destacadas pelo baixista, sendo que foi a primeira música feita pela banda com a participação do coro. A acabar em grande, os Dear Telephone tocaram a última do disco, “The Fisrt Person Ever”, que, tal como o nome indica, “fala sobre a primeira pessoa que alguma vez existiu”

Andreia Miranda / ComUM

Andreia Miranda / ComUM

O disco foi lançado esta semana, mas Francisco, que esteve presente no espetáculo, disse ser um trabalho “bastante diferente e mais orquestrado”. Acrescenta ainda ter sido uma construção um pouco mais complexa, “antes parecia mais simples”. Sara, amiga, apontou como um dos aspetos positivos o facto de a orquestra dar “um outro corpo” ao concerto.

Disponível nas plataformas de streaming e também fisicamente, incluindo vinil, “Cut” está pronto para viajar pelos ouvidos dos mais interessados e curiosos.