Realizou-se este fim de semana mais uma edição do Bragacine, primeiro festival internacional de Cinema Independente de Portugal. Com produções diversas, as curtas do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho levaram o Instituto de Ciências Sociais a conquistar o prémio Augusta – melhor escola de cinema.
Desde filmes a curtas-metragens, muitos foram aqueles que se deslocaram aos cinemas do centro comercial Braga Parque, esta sexta-feira e sábado, para assistirem às produções independentes. Com a plateia mais composta na segunda noite, André Soares e Inês Ferreira, dois espetadores pela primeira vez neste festival, afirmaram ser uma iniciativa positiva e proveitosa para quem assiste.
Como tem sido habitual em outras edições, alguns trabalhos de alunos e ex-alunos do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho, marcaram também presença nas duas noites do festival. Segundo Adriana Henriques, diretora do departamento de cultura e artístico, “é no cinema que podemos explorar todas as artes, como a literatura, a música, que todas juntas formam conceitos diferentes”.
Ambas as sessões contaram com a homenagem a duas personalidades atuais do mundo do cinema: John Hough, diretor cinematográfico nomeado a um Oscar e Emmy, e Carla Chambel, atriz portuguesa, que também foi premiada com o prémio Augusta – Melhor Atriz.
Na sessão de encerramento, distribuíram-se os vários prémios Augusta. Quem levou o prémio de melhor escola de cinema foi, como já referido, o Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. Quanto aos restantes prémios, “Treblinka” foi considerado o melhor filme português, “Resiste BA 61!” foi o melhor documentário, “Placidez” melhor curta-metragem e Emily Harris recebeu o prémio para melhor realizadora. O vencedor do Grande Prémio Bragacine Augusta foi o filme “Táxi Sofia” de Stephan Komandarev.
Este ano, o festival contou também com estreias, como foi o caso dos filmes “Only the Brave” e “Crooked House” (inspirado na obra de Agatha Christie), que estarão nos cinemas nos dias 23 de novembro e 7 de dezembro, respetivamente.
Com o mesmo diretor há 15 anos, Artur Barros, mas com uma nova organização, formada por “jovens, todos com ideias novas”, Adriana Henriques afirmou ainda que as espetativas para este festival passavam por levar as pessoas a perceberem que “o cinema é uma indústria que faz falta”.
Assim terminou mais uma edição do Bragacine, com a presença de variados nomes da 7ª arte e com o reconhecimento do trabalho de várias pessoas ligadas a esta indústria.