Baseado no livro “Castelo de Vidro”, de Jeanette Walls, nasce a grande produção cinematográfica “The Glass Castle”, que retrata a história verídica da realidade vivida pela jornalista.

Este inicia com um pensamento deveras fascinante – “Os ricos da cidade vivem em apartamentos luxuosos, mas o ar que eles respiram é tão poluído que eles não conseguem ver as estrelas”. E é deste pensamento que brota a ideia de construir um castelo de vidro, sendo este o único refúgio capaz de lhes proporcionar uma vida longe de tudo o que é convencional.

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Importa também referir que Jeanette fora educada no seio de uma família extremamente desequilibrada, vendo-se obrigada a cuidar dos seus três irmãos desde pequena. Assim, Destin Cretton, o realizador deste filme tão inquietante, conjuga simultaneamente episódios do passado e do presente, procurando justificar algumas das atitudes da pequena Jeanette.

O pai, Rex, dá aos filhos uma educação muito peculiar, fugindo forçosamente àquilo que é tido como “normal”, defendendo que “vocês aprendem vivendo”. Por isto, a jornalista e os seus irmãos sempre viveram como nómadas, praticando um estilo de vida bastante alternativo.

Apesar do aparente cenário perfeito, entre as estrelas e a natureza surgem episódios, de certa forma, perturbadores, que relatam a fome e os vícios do pai, que desgraçavam a família dia após dia.

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No presente, Jeanette vive luxuosamente com um homem rico, contrariando os princípios do pai. A jornalista sempre aguentou o peso do pai às costas e, mesmo sofrendo com as atitudes do pai na sua infância, é a visão de pai dedicado e carinhoso que permanece, levando a um desfecho inesperado e comovente.

É uma história forte, intensa e emotiva, com cenas muito inesperadas e lições de moral excecionais. Vale a pena!