As candidaturas das cidades minhotas de Braga e Barcelos foram aprovadas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês). A notícia foi revelada pelo Presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio. Embora em áreas distintas, as duas cidades minhotas provaram que o Minho é uma região cultural e que concilia a inovação tecnológica com as artes tradicionais.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Braga, “a aprovação da candidatura reflete a enorme qualidade do extenso trabalho coletivo que está a ser efetuado em Braga.” Com uma candidatura baseada na área das Media Arts, a cidade de Braga, está agora pronta para “executar o plano estratégico desenvolvido com todos os parceiros e agentes” na área cultural, sublinhou Ricardo Rio em declarações à RUM.
Em Braga, a atribuição deste título prevê um conjunto de medidas e projetos, que serão agora postos em prática. Entre elas está a criação de um Media Arts Centre, um centro criativo, que será uma plataforma de trabalho para artistas dos diversos campos das artes digitais. Os novos projetos da cidade passam também por programas escolares e ainda pela criação do Festival internacional Braga Media Arts.
Barcelos foi escolhida na área do Artesanato e Arte Popular. Em comunicado, a Câmara Municipal de Barcelos refere que este título torna o concelho numa ”referência mundial em artes e ofícios tradicionais”.
Fora da região minhota, no município de Amarante foram os grandes eventos musicais que acolhem o trunfo da sua candidatura. Entre estes eventos estão o Festival Mimo, Band’arte, Há Fest, Palcos de Verão e Mercado da Música.
A rede de Cidades Criativas da UNESCO foi criada em 2004 e tem como principal objetivo “fortalecer a cooperação entre as cidades que consideram a criatividade um fator estratégico de desenvolvimento urbano sustentável com impacto social, cultural e económico.” Em Portugal já existiam dois concelhos com este título: Óbidos, na área da Literatura e Idanha-a-Nova, na música.