Homem do jogo
João Alves
No Pavilhão João Rocha, houve um outro João merecedor de atenção: João Alves. O jovem zona 4 do Vitória SC tem um talento do tamanho do seu cabelo e provou-o num difícil desafio frente aos “leões”. Com um ataque muito inteligente, João Alves foi dos poucos jogadores vimaranenses que realmente soube jogar com o bloco sportinguista, procurando o block out com grande sucesso. Uma prova de fogo para o jovem que demonstrou o seu potencial, apesar da derrota pesada dos vimaranenses. Uma vénia à exibição de João Alves, que se assume como MVP desta partida. Um talento a ter em atenção no Campeonato Nacional de Voleibol.
Em cima
Distribuidores leoninos
Um verdadeiro hino de Zé Pedro Monteiro e Miguel Maia à complicada arte de ser passador. Notável a forma como os dois distribuidores, com 20 anos de idade a separá-los, têm tanto em comum. Com Miguel Maia recuperado recentemente de lesão, foi Zé Pedro que assumiu o leme de distribuidor. Não o podia ter feito de melhor forma, diga-se. Centrais, opostos e zonas 4 não tiveram razão de queixa do ex-Fonte do Bastardo. Sem falar da qualidade do passe enganador para o ataque atrás da linha dos três metros, que trocava as voltas à formação vimaranense.
Ángel Dennis
A experiência dos “leões” não vem só do veterano Miguel Maia. A sabedoria e qualidade está também presente em Ángel Dennis, o oposto de 40 anos do Sporting CP. Vindo do Lupi Santa Croce, do segundo escalão italiano, o cubano chegou à capital portuguesa com selo de qualidade. Com o passar do tempo, Dennis só vai dando provas, cada vez mais, disso mesmo. Com o estilo característico de serviço e com as suas mangas sempre arregaçadas, o “leão” teve a inteligência no ataque que se pedia, sabendo quando e como fugir ao bloco vimaranense. Velhos são os trapos.
Falange de apoio sportinguista
O voleibol não é propriamente tema de conversa de café em quase lado nenhum, isso é sabido. Contudo, a presença de centenas de adeptos leoninos, em dia de jogo da equipa de futebol, é obra. Apenas uma hora e meia separava os dois jogos, mas isso não foi o suficiente para impedir a ida de uma boa falange de apoio ao Pavilhão João Rocha. O voleibol começa a fazer parte da cultura leonina e isso é louvável de se ver.
Em baixo
Bloco e receção do Vitória SC
O emblema da Cidade Berço pecou imenso no seu bloco durante quase todo o encontro. Talvez porque do outro lado estavam atacantes de grande qualidade, mas isso não é desculpa para o insuficiente trabalho defensivo da equipa de Adriano Paço. O mesmo se aplica no trabalho de receção, que desde o início do encontro, viu-se que iria ser um sério problema. Os três primeiros serviços do Sporting CP não encontraram resistência do lado vimaranense, dando o mote para o que aí vinha.