“The Babysitter” é um filme de McG que conta a história do típico adolescente impopular, Cole, que tem a babysitter de sonho de qualquer membro do sexo masculino. Linda, inteligente e divertida, nada poderia ser mais perfeito com Bee, até que Cole decide ficar acordado para ver o que ela fazia na casa depois de ele ir para a cama. É aí que testemunha um ritual diabólico e começa a ser perseguido por cinco maníacos decididos a matá-lo.

Eis a primordial característica deste filme: é uma receita entre a comédia e o horror, em que o último ingrediente acabou por ficar bem dissolvido na mixórdia. Ele é, quanto muito, anormal, talvez até maníaco, mas não satisfará de todo a fome de amantes de verdadeiras longas-metragens de terror.

Existem constantes salpicos de sangue, do tipo que provoca encharcamento imediato e absoluto – demasiados até! – a um ponto que enjoam, não pelo motivo que deviam, mas pela sua previsibilidade cliché. O conceito é bom, o corpo de atores fez um bom trabalho, mas faltou a especiaria picante para dar vida a uma história demasiado simplista e nada horrível – como aqui seria desejado que fosse.

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É um filme que não se leva a ele próprio a sério – e podemos ver isto pela escolha de banda sonora em certas partes, pelas letras gráficas que aparecem a dado ponto no ecrã e pelas constantes piadas a roçar a comédia. Não é hilário, mas não deixa de conseguir provocar o riso em certas partes, nem quanto mais não seja pelo ridículo das suas situações.

O que me fez não desgostar por completo da experiência, foi o facto de os clichés e da “cheesiness” serem aqui propositadamente assumidos. É de forma afirmada que o filme não satisfaz as expectativas do seu género. E torna-se mais difícil criticar negativamente algo que não foi um erro, mas que foi deliberado e se decidiu apresentar

assim; contudo, não é difícil avaliá-lo. É mesmo por não ser o que estava à espera, mas também por todos os factores que mencionei em cima, que “The Babysitter” recebe a minha apreciação de 6 num rating de 0 a 10.

Posso dizer que, no geral, será melhor desfrutado se for colocado no play despido de ideias pré-concebidas, com o pensamento em mente que se trata de uma comédia de terror. É leve, talvez até imaturo, sem que isso seja necessariamente mau. Será uma excelente iniciação a quem receia entrar no universo do horror, será, diria até, melhor desfrutado por quem não gosta de filmes de terror.