Ermo, Killimanjaro e The Parkinsons atuaram ontem no Círculo Católico de Operários de Barcelos (CCOB), em contexto do evento Super Bock apresenta: Circuito Super Nova. A noite começou amena, mas com o decorrer dos concertos o frenesim acentuou-se até o evento terminar em ambiente de festa.

As cortinas abriram-se com os Ermo. A dupla bracarense subiu a palco com os rostos tapados por panos e bonés. Não se moveram das suas mesas de mistura, de frente um para o outro e de perfil para a audiência. As músicas tocadas foram todas provenientes do seu último álbum, “Lo-Fi Moda”, que prima por um registo mais eletrónico, em comparação com os outros discos da banda.

Andreia Miranda/ComUM

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Os movimentos dos performers eram ténues e breves, nos poucos momentos em que se mexiam ao som da música. No fim do concerto Francisco, um dos espectadores presentes, afirmou que não gostou da instalação de luz em palco, devido ao foco central que, por vezes, lhe ofuscava a vista. Contudo, reiterou que gostou do concerto, referindo que “o ambiente escuro do espaço” era “mais apropriado para a música e a estética da banda” do que o espaço ao ar livre em que os viu atuar no Festival para Gente Sentada, em Braga, há uns dias atrás.

Andreia Miranda/ComUM

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A seguir foi a vez dos Killimanjaro, uma banda local que, infelizmente, se apresentou com um percalço. O guitarrista e vocalista do grupo, José Roberto Gomes, não pôde atuar com a guitarra, porque se lesionou no braço. Apesar disso, assumiu o seu posto em frente ao microfone e dançou ao longo do concerto, numa postura muito própria e descontraída. Na guitarra foi substituído por Rodrigo Carvalho, seu colega na banda Solar Corona.

Andreia Miranda/ComUM

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Os Killimanjaro trouxeram alguma vida ao recinto, com o público mais animado perante um concerto de rock pesado em que a banda tocou algumas músicas suas, como “December” presente no seu álbum “Hook”, bem como fez covers de músicas de outras bandas, como a “Ace of Spades” dos Mötorhead. A sua atuação foi a mais curta da noite mas, perante a insistência de um público deleitado, regressaram a palco para um último momento musical.

Andreia Miranda/ComUM

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O último concerto da noite foi protagonizado pelos The Parkinsons, uma banda de punk-rock originária de Coimbra. Os músicos fizeram por manter o ambiente animado e fizeram-se valer do seu repertório enquanto banda com quase duas décadas de atividade. O vocalista Afonso Pinto, que ontem fazia 41 anos, mostrou-se desinibido e frenético, movendo-se a bel-prazer ao longo do palco e descendo para junto do público por duas ocasiões.

Andreia Miranda/ComUM

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O aniversariante incentivou o público a ser mais ativo, insistindo que as pessoas na zona de trás do recinto se juntassem à festa mais vincada ao pé do palco. As últimas músicas foram particularmente caricatas. Um membro do staff foi convidado a assumir a guitarra, enquanto outro se juntou ao grupo com um microfone, numa performance “dedicada ao Mário”. O vocalista acabou por trepar a coluna de som instalada na lateral em momentos derradeiros de euforia, concluindo assim mais uma noite de música no CCOB.