Numa noite fria de outono foi Héldon que aqueceu os corações dos mais de trezentos adeptos vitorianos que viajaram desde Guimarães até Vila do Conde. Num jogo muito bem conseguido a nível tático, foi o cabo-verdiano a dar os três pontos aos homens de Pedro Martins. Com esta vitória por 0-1 ao Rio Ave, os minhotos subiram até ao sexto lugar da tabela classificativa.

As duas formações procuravam conquistar os três pontos num jogo que, à partida, seria muito disputado. À entrada para a 12ª jornada estavam separadas por três pontos e Pedro Martins tinha afirmado que o objetivo era a vitória, de forma a não deixar fugir Marítimo e Braga na corrida aos lugares europeus.

Mexendo no onze titular, o treinador vimaranense apostou em Jubal, Vigário, Héldon e Tallo Jr. para os lugares de Konan, Pedro Henrique (ressentiu-se da lesão no aquecimento), Sturgeon e Rafael Martins.

Ambas as equipas entraram em jogo com algum nervosismo. Num jogo muito jogado a meio campo, os lances de ataque eram sempre interrompidos pela falta de eficácia no último passe. Os primeiros 25 minutos passaram sem que alguma das formações se aproxima-se com perigo das redes adversárias.

Até que apareceu lançado na esquerda, Hurtado. Quase que o peruano fazia o golo, errando o alvo por pouco. Quatro minutos depois foi a vez dos vila-condenses assustarem a baliza de Douglas. Ruben Ribeiro consegue escapar a Jubal, entra na grande área e remata para grande defesa de Douglas. A bola ressaltou para Barreto que, à meia volta, remata o esférico contra à trave da baliza vitoriana.

O jogo estava mais animado e mais animado ficou para os minhotos. Á passagem do minuto 39, Héldon inaugurou o marcador. Lançado por Tallo Jr., o cabo-verdiano conduziu a bola até à grande área, furou entre dois defesas do Rio Ave e desferiu um remate forte e cruzado, batendo assim Cássio. Este golo permitiu à formação vitoriana recolher às cabines em vantagem.

O jogo retomou para a segunda parte e o Rio Ave apareceu em campo com vontade de chegar ao empate. João Novais deu o mote. Fora de área obrigou Douglas a esticar-se e a desviar a bola para canto.

Ao intervalo, Pedro Martins preparou a equipa para jogar em contra ataque. Sempre à procura de Héldon para sair em ataque rápido, o autor do primeiro golo ainda tentou fazer estragos algumas vezes, mas sem efeitos práticos.

O Rio Ave estava mais perigoso e, perto da hora de jogo, Tarantini desperdiçou o empate de forma escandalosa. Na pequena área, liberto de marcação, atirou para defesa tranquila do guarda-redes vimaranense.

O treinador da equipa da casa começou a mexer na equipa e colocou jogadores mais atacantes para alcançar (pelo menos) o empate. Contudo, foi a equipa da Cidade Berço a criar perigo. Raphinha que, tinha estado mais preocupado com as subidas de Bruno Teles, escapou ao adversário e fez Cássio brilhar com uma excelente intervenção. A bola saiu pela linha de fundo e na origem do canto, o mesmo Raphinha tentou o golo de canto direto, mas o guarda-redes vila-condense estava atento.

O tempo foi passando e o Vitória SC controlou as investidas dos homens da casa até ao apito final de Manuel Oliveira. Com esta vitória, a formação de Pedro Martins cola-se ao Rio Ave na sexta posição, com 17 pontos conquistados. No próximo jogo o Vitória SC desloca-se a Setúbal para defrontar o Vitória FC.

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