Não é só em Budapeste que as noites são de rock’n’roll, as do Sé La Vie conduzem pelo mesmo caminho. Ontem, o surf-rock dos El Señor tornou a fria noite bracarense em algo mais veranil e sorridente. No fim da atuação, a banda conversou um pouco acerca do futuro e da experiência de terem atuado num grande festival.
Foi com “Monday” e com uma sala cheia que a banda fafense começou o concerto. Na verdade, grande parte do alinhamento foi composto pelos temas de “Alvorada Beat”, o trabalho de estreia, que, segundo a banda, tem sido bem recebido por parte do público. Prova disso são os cerca de 35 concertos que já deram este ano. “Muitos mais do que esperávamos”, confessou o trio que forma os El Señor – Guilherme, Michel e Vítor.
“Atenção, que estes gajos atuaram no Mexefest”, exclamou alguém da plateia, para que todos soubessem desse recente triunfo do grupo. O público, todo ele, esteve muito interventivo, demonstrando conhecer os temas. Dançou, aplaudiu e nunca ficou alheio à animada prestação em palco.
A banda tenciona diminuir o ritmo de atuações para poder concentrar-se na gravação do próximo trabalho. “Já tocamos ao vivo algumas coisas que poderão, ou não, estar no próximo álbum”, afirma Michel, baixista. Algumas dessas novas músicas foram ouvidas no concerto de ontem, mas também ouviu-se “Dragging Smiles”, single do EP, e “Alvorada Girl” – tema que foi repetido quando se esgotou o rol de músicas do grupo, ao mesmo tempo que o público insistia por mais.
Os El Señor apenas têm um EP no seu repertório, mas isso não os impediu de atuarem na edição deste ano do Vodafone Mexefest, em Lisboa. Algo “incrível” para a banda, visto ser “um festival com muita gente”. Apesar da maior parte dos que os viram “rock’n’rollar” dentro de um autocarro nas ruas da capital não os conhecer, também “havia pessoal a cantar as músicas”, assim como gente que já os tinha visto atuar noutras ocasiões.
Mesmo com intensões de editar o primeiro longa duração, a banda já conta com alguns concertos agendados para o próximo ano. Onde as cativantes linhas de baixo, aliadas aos viciantes riffs de guitarra e às vibrantes batidas de bateria, os levarão a outros palcos com mais visibilidade.