A apresentação do estudo “Investimento Empresarial e o Crescimento da Economia Portuguesa” decorreu esta sexta-feira no campus de Gualtar e contou com a presença do Presidente da República, assim como do ministro da economia Manuel Caldeira Cabral.
O estudo desenvolvido por Fernando Alexandre, docente da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, conta com a colaboração de vários professores da academia minhota, assim como de investigadores da Universidade de Coimbra. Este estudo, cujo principal objetivo é fazer uma análise estruturada dos problemas financeiros portugueses, foi apresentado por Artur Santos, presidente honorário do banco BPI.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa, esteve presente na conferência e deu o seu parecer sobre a realização do estudo. Na sua intervenção elogiou o autor que nunca deixou cair o projeto. Para o Presidente “a instabilidade, o experimentalismo e o realismo não servem para Portugal”, e por isso descreve este estudo como essencial para se continuar “um caminho prudente, iniciado na governação anterior”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, que acompanhou este projeto de perto, existem vários fatores que tornam esta investigação num documento de grande importância, entre os quais a necessidade de “acordar o investimento, que sofreu muito durante os anos da crise, sobretudo o privado”. O presidente, que diz assumir uma “visão mais sociopolítica” do estado económico do país, afirma que o período de crise económica sofreu com o pagamento “das faturas de quatro grandes transformações da sociedade portuguesa”, entre as quais a inserção da democracia e as várias mudanças de regime económico.
A conferência, organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian, terminou com uma sessão de debate sobre o estudo, que contou com vários oradores, entre os quais João Amador, economista do Banco de Portugal e António M. Cunha, ex-reitor da Universidade do Minho.
Muitos foram os que não quiseram perder a passagem do Presidente da República pela UMinho, que tirou fotografias com alunos e funcionários e ainda contribuiu com a compra do calendário social da Associação Académica. Na chegada ao campus de Gualtar, Marcelo Rebelo de Sousa realçou o sentimento de acolhimento que sente sempre que vem até à Universidade do Minho, que considera uma instituição “jovem e muito funcional”.
*Com Márcia Arcipreste