Num clima intimista, a TOCA (Trabalho de uma Oficina Cultural e Associativa) recebeu Salvador Martinha e Carlos Coutinho Vilhena, com sala esgotada. As “Comedy Sessions” encheram primeiro o All Guimarães, com mais de uma centena de pessoas, e trouxeram ontem um público que ocupou os 140 lugares preparados para duas horas de stand-up comedy.

Beatriz Meireles / ComUM

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Apesar da carreira mais recente de Coutinho Vilhena, o comediante conseguiu arrancar uma boa dose de gargalhadas da plateia bracarense, inaugurando a sessão de comédia com imensos aplausos. Visivelmente nervoso, mas com uma linha de conteúdo muito bem definida e as piadas bem treinadas, Carlos conseguiu convencer um público que assumiu não ter muitas expectativas relativamente ao tipo de humor que iria ver naquele espetáculo. Rui Mendes, uma das pessoas que arranjou “uma maneira engraçada de passar a noite”, afirmou que “via o canal de Youtube do Vilhena, mas não sabia bem o que esperar.” Carlos Coutinho Vilhena resolveu incluir a plateia nas suas piadas, o que tornou o espetáculo mais dinâmico e intimista. Depois do seu extremo sucesso nas redes sociais, o lisboeta prova agora que consegue captar o público em palco.

Beatriz Meireles / ComUM

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Depois do primeiro humorista sair de cena com um forte aplauso, foi a vez de Salvador Martinha dar o ar da sua graça. O comediante continuou o contacto com o público, e foi pedindo várias vezes uma opinião sobre o que resultaria numa sala de espetáculos maior. O facto de ter uma plateia muito pequena e reservada, permitiu que Salvador desse um espetáculo mais extravagante, com direito a passos de dança arrojados e algumas piadas mais características. Os problemas técnicos (talvez devido à inadaptação do espaço àquele tipo de espetáculos) acabaram por ser também alvo de piada e conseguiram provar que os stand-ups não são apenas piadas feitas e que o improviso é um grande trunfo.

Beatriz Meireles / ComUM

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O projeto, que já conta com o terceiro round em Braga, começou em Aveiro com a ideia de Bernardo Limas, um ex-aluno da Universidade do Minho. “O objetivo era que os humoristas tivessem um espaço/projeto que lhes permitisse testar novos argumentos ou ganhar experiência de palco perante o público de Aveiro”, afirma Tiago Aprígio, o responsável pela replicação deste conceito nas cidades de Braga e Guimarães. “Devido ao sucesso atingido na cidade aveirense, surgiu a possibilidade de alargar o conceito a um nível nacional”, surgindo o nome “Comedy Sessions” e “toda a sua imagem identificativa”. Em outubro, Braga e Guimarães arrancaram com o primeiro espetáculo.