A tomada de posse dos órgãos sociais da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) decorreu ontem, numa cerimónia que teve lugar no Salão Medieval da Reitoria, no Largo do Paço. Bruno Alcaide discursou pela última vez como presidente da AAUM passando a pasta a Nuno Reis que, nas palavras do reitor Rui Vieira de Castro terá uma grande responsabilidade no futuro da academia.
Bruno Alcaide, num discurso emocionado, despediu-se após dois mandatos consecutivos como presidente da associação académica minhota. Para Alcaide, “o amor desmedido pela universidade, a saudade sempre presente e a defesa corajosa e serena da educação superior pública” foram os principais alicerces do seu percurso. Agradeceu à família e amigos, destacando os irmãos, mas sem esquecer todos os que com ele trabalharam na direção da AAUM nos últimos dois mandatos. “Levámos a cabo a responsabilidade de gerir a associação académica e representámos os estudantes da melhor academia do país”, afirmou o presidente cessante. Contudo, Bruno Alcaide reforçou que, embora muito tenha sido feito, ainda há um longo caminho a percorrer.
Nuno Reis, eleito a 5 de Dezembro, deu a conhecer aqueles que são alguns dos objetivos para o mandato que inicia. Nas suas palavras, afirma que a associação será “fortemente intransigente quanto ao aumento de qualquer valor de propinas, taxas e taxinhas ou emolumentos”, procederá a medidas de “simplificação e explicitação do regulamento académico”, bem como ao estabelecimento de “sinergias com os diversos núcleos” e ainda à mobilização de esforços para colmatar o “crescente tempo de espera nas diferentes unidades e serviços universitários e a insuficiência de locais de estudo em períodos de elevada afluência às bibliotecas da academia minhota”, não esquecendo também a importância relevada ao voluntariado e ao desporto académico.
“Pedagogia, ação social, desporto, cultura, tradição, emprego, empreendedorismo, voluntariado, formação, marketing, sustentabilidade, política educativa” serão os chavões da atividade da nova direção da AAUM. Nas palavras de Nuno Reis, a concretização destes dependerá de toda a academia. Citando o filósofo francês, Michel de Montaigne, “as palavras pertencem metade a quem as diz e metade a quem as ouve”, pretendendo com isto que “o eco destas palavras esteja nas atitudes de cada um dos que compõe a estrutura da AAUM e que neste caminho as pegadas que vamos deixando possam marcar a nossa academia”.
Rui Vieira de Castro, na sua primeira intervenção após ter tomado posse como reitor, destaca o ânimo com que Nuno Reis e a sua equipa encaram esta nova etapa “como protagonistas maiores da vida da Associação Académica da Universidade do Minho”. O reitor afirma que este órgão tem um estatuto representativo da comunidade estudantil, cabendo-lhe uma enorme responsabilidade do plano institucional. Tem um compromisso com os estudantes que representa mas também com a instituição de que é razão de ser.
O reitor destacou também o pacto que se mantém entre a universidade e a AAUM que se tem traduzido em resultados notáveis através de iniciativas na área do desporto universitário, nacional e europeu, bem como no plano da solidariedade social, intra e extra institucional. Tudo isto, segundo Vieira de Castro, “responsabiliza mas também estimula quem agora chega à direção da associação”, reafirmando o compromisso com o reforço de relações entre a universidade e a associação académica.
Daniela Soares e Márcia Arcipreste