O Club Souto voltou, este sábado, ao CCOB. A noite na cidade minhota contou com os holandeses Mooon, os espanhóis El Voyeur e os portugueses Sunflowers.
Barcelos recebeu, na noite de sábado, mais um Club Souto no Círculo Católico de Operários de Barcelos (CCOB). A iniciativa assume-se como uma “extensão do festival Souto Rock” que tem como objetivos dar um espaço para as bandas atuarem e culminar no festival de verão. Os portuenses Sunflowers fecharam o palco da segunda edição de 2018 do Club Souto, com o concerto mais aguardado da noite.
O som da guitarra e da bateria começou a soar pelo CCOB. No palco, a habitual explosão rock dos Sunflowers chamava o público, que se ia apressando a preencher os espaços vazios da sala.
Os portuenses passaram por Barcelos para apresentar o seu segundo álbum “Castle Spell”, lançado a 9 de fevereiro. O garage rock energético do duo conquistou, de imediato, o público que não parou de libertar o corpo ao som da banda.
Tocaram quase ininterruptamente. A pujança de uma música misturava-se com a seguinte. Das poucas vezes que se dirigiram ao público, agradeceram aos presentes e falaram, por entre os carregados efeitos de reverb e delay na voz, do mais recente disco.
Quando terminaram e saíram de palco, o público assobiava e aplaudia por mais. Carol Brandão e Carlos de Jesus acabaram por ceder aos pedidos do público. “Só mais uma”, diz Carlos. Ao fundo ainda se ouve “toca mais duas”, mas o duo acabou por só tocar uma e encerrar a noite com um concerto explosivo, ao seu estilo.
Antes dos Sunfloweres, os Mooon abriram a noite em Barcelos. Os holandeses iniciaram a tour pela Península Ibérica, para apresentar o trabalho “Mooon’s Brew” no CCOB. O público ainda estava a chegar à sala, mas o rock mexido e a energia do trio rapidamente contagiou os presentes, que iam abanando a cabeça ao som da música.
As primeiras músicas progrediam sem paragens. Ao fim de quatro canções, o grupo dirigiu-se, pela primeira vez, à plateia. Agradeceram com um obrigado em inglês e português, falaram do seu projeto e cheios de boa-disposição continuaram o concerto com “Marijuana” e “Alchool”. Pouco depois, com riffs de guitarra como som de fundo, o baterista informou que iam tocar a última canção. Terminaram o concerto e fizeram uma vénia a agradecer ao público que os aplaudia.
Seguiram-se os espanhóis Le Voyeur. A sala estava ligeiramente menos composta do que com os holandeses, mas isso não impediu o grupo de interagir com os presentes. Sempre que acabavam uma canção falavam ao público sobre vários assuntos. A meio do concerto, o vocalista deixou a guitarra e saltou para o meio do público para cantar. Em “La Cocina Gulag” pediram ao público para os ajudar a cantar o refrão.
Perto do final, o vocalista apresentou os elementos da banda e cada um deu-se a conhecer com um solo. Na última música, pediram ao público para se juntar e tirar uma foto. Ainda incentivaram os presentes a subir a palco e dois elementos acabaram por fazê-lo. No meio de muita alegria, pegaram em maracas e tocaram com os músicos.
O festival Souto Rock está marcado para julho de 2018, em Barcelos. Mas antes o Club Souto regressa, a 16 de março, para dar mais música ao centro da terra do Galo.