Na sua primeira vez na cidade berço, a norte-americana apresentou o seu disco “No More Lamps in the Morning”. A primeira parte esteve a cargo de Ka Baird.
A cantora, compositora e guitarrista Josephine Foster inaugurou, no passado sábado, o palco do Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), em Guimarães. A primeira parte do concerto ficou a cargo da multi-instrumentista e vocalista Ka Baird.
No Café Concerto do CCVF pairavam no ar expectativas de um grande concerto. Sem grandes demoras, as luzes do espaço apagaram-se e deram lugar aos holofotes de palco. Ka Baird subiu ao palco e apresentou-se ao público, prometendo envolver a plateia num conjunto de improvisações e experimentalismos.
Ka Baird interpretou temas do seu recente álbum “Sapropelic Pycnic”, tais como “Tok Tru” e “Metamorphoses”, onde impera o folk psicadélico experimental. O trabalho atual da artista explora a improvisação do piano, intervenções eletroacústicas, batidas rítmicas, técnicas vocais ampliadas e manipulação improvisada da flauta transversal. A constante variação entre sons intensos e calmos conferiu uma energia peculiar ao concerto e, ao mesmo tempo, um estado relaxado à plateia. No final, a artista foi fortemente aplaudida.
O público presente na sala escura e intimista do Café Concerto do CCVF, aguardava ansiosamente a chegada da artista norte-americana. Josephine Foster subiu ao palco, desta vez iluminado apenas em tons azuis, e confessou ser “muito bom estar em Guimarães”. A música da artista cruza diferentes influências, misturando tonalidades que atravessam o velho oeste americano com vestígios do jazz e do blues de Chicago.
O concerto incidiu no seu álbum mais recente, “No More Lamps in the Morning”, que conjuga diversos temas de projetos anteriores, dando-lhes um novo arranjo. Assim, as músicas ganham uma nova dimensão quando acompanhadas de guitarra portuguesa, harpa e piano. O público pôde ouvir temas como “Blue Roses”, “Magenta” e “Second Sight”.
O concerto ficou marcado pela pouca interação entre a cantora e a plateia. As canções interpretadas pela artista, derivadas de uma aura sonhadora e melancólica, resultaram no sentimento de fadiga e algum desinteresse por parte de algum público presente. No entanto, no final do concerto, Josephine Foster foi sucessivamente aplaudida até abandonar o palco.