A candidatura do Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, a Património Mundial da Humanidade foi entregue há dois dias no Centro do Património Mundial da UNESCO. O Arcebispo Primaz, D.Jorge Ortiga, mostra-se otimista quanto ao sucesso da candidatura.
A iniciativa contou com o apoio do Grupo de Trabalho Interministerial, em colaboração com os Ministros da Cultura, do Ambiente e dos Negócios Estrangeiros. Foi Miguel Bandeira, Vereador do Património da Câmara de Braga, a deslocar-se a Lisboa para a entrega da candidatura. O presidente da candidatura, D. Jorge Ortiga, sublinha o “valor incalculável” do património, assim como a “dimensão mundial” do Santuário que, anualmente, atrai milhares de turistas.
Varico Pereira, vice-presidente da Confraria do Bom Jesus, confessa que esta candidatura era algo muito aguardado desde 1998 e não esconde a satisfação pelo objetivo cumprido. Acrescenta que “tudo o que competia ao Bom Jesus e a Portugal está feito”. O processo está agora nas mãos do Comité do Património Mundial.
A sua consagração como Património Mundial tinha já sido um assunto discutido em julho de 2017, aquando a 41ª sessão do Comité do Património Mundial, em Cracóvia. O Centro do Património Mundial da UNESCO contava com duas candidaturas portuguesas até dia 1 de fevereiro. Reunidos os requisitos necessários para a inscrição, a Confraria do Bom Jesus lança-se como candidata a Património Mundial, na categoria de Paisagem Cultural.
O monumento bracarense é conhecido pelo seu valor paisagístico, arquitetónico, religioso e cultural. Compreende uma igreja, um escadório com 573 degraus, um funicular, vários hotéis e ainda uma mata com 55 hectares.