Entende-se por núcleo de estudantes uma estrutura representativa de estudantes de um certo regime de ensino. É algo em que os estudantes dão vida às organizações e promovem lugares de conhecimento, de criação e de posse cultural, algo como o curso, a atividade, a cultura e o desporto. Subentende-se como a possibilidade de tornar a vida académica mais produtiva e curricular, pois é permitido um desenvolvimento pessoal e coletivo, pois procura-se o trabalho em equipa, e pela oportunidade de aprender, de coordenar, de delegar, de organizar e executar ou simplesmente ser-se solidário.
O nosso intuito, tal como todos os outros, é dar aos colegas a experiência prática, os extras-necessários e entretenimento. Para tal, precisamos de organização, espaço, cartazes, oradores e tudo mais. Quanto a isso, poucos são os núcleos com recursos para tal. Um espaço próprio seria apropriado. É certo que o GACCUM tem um gabinete (partilhado com o núcleo de Sociologia), mas por que não uma sala própria? Eu vejo alguns grupos que as têm, mas os ditos mais ‘pequenos’ não têm sequer escolha. Quanto a auditórios e a sua requisição, gostaria também de saber o desapoio da entidade universitária. Este sempre foi e sempre será um problema para os dirigentes associativos.
O maior problema de um grupo de estudantes é, sem dúvida, a adesão. Ciências da Comunicação tem, por exemplo, numa licenciatura, à volta de 240 alunos. Durante os três anos da vida estudantil de uma pessoa, posso afirmar que mais de 60% nunca se envolveu, envolve ou envolverá com o núcleo ou simplesmente com as suas atividades. Como contornar isto? Essa é uma questão debatida todos os anos.
Uma das possíveis (futuras) ideias seria os departamentos dos cursos delegarem ou apoiarem em parceria os núcleos, para que estes conseguissem ajudar os seus estudantes em vários termos. Questões Financeiras – a Universidade demora imenso tempo com estes problemas -, uma Orientação Pedagógica – este é um ‘novo mundo’ para os recém-universitários -, o Planeamento de Carreira – algo que o GACCUM tenta já providenciar -, e a Mobilidade Académica. Sabemos bem que os estudantes ouvem mais os estudantes do que os professores. É algo inevitável e algo que poderia ser contornável. Algo como delegar certas tarefas nos seus núcleos seria, na minha mais sincera opinião, uma solução para o perceber das coisas.
Em abril de 1994, os alunos de Comunicação Social (antiga designação da licenciatura) criaram o então Grupo de Alunos do curso. Quase como todos os outros, o GACCUM é uma organização sem fins lucrativos, embora, e obviamente, que movimenta dinheiro para pôr ao serviço dos seus estudantes. O nosso grupo precisa de apoios, apoios esses que vêm do Instituto de Ciências Sociais (ICS), Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) e de outras instituições.
Termino com uma nota de otimismo e de confiança para o resto do mandato que se segue, bem como a firme convicção de que a visão perante os núcleos irá começar a mudar.
Presidente do Grupo de Alunos de Ciências da Comunicação da UMinho