A comédia é o prato forte do monólogo protagonizado por Marcos Caruso. O ator brasileiro permanece com o seu espetáculo em Braga até sábado.
Conhecido pela sua participação em novelas como “Pantanal” ou, mais recentemente, “Avenida Brasil”, o ator brasileiro Marcos Caruso traz agora ao Theatro Circo o monólogo “O Escândalo Philippe Dusseart”.
Esta peça, envolta na comédia, conta a história de um pintor francês contemporâneo que “apagava”, de obras conceituadas, as figuras humanas e os animais, formando uma série de quadros com o nome “Ao fundo de…”.
Após conhecida a história do pintor, Marcos revela o verdadeiro escândalo: “A obra «No fundo», anunciada em março de 1988, era nada. A galeria não tinha rigorosamente nada pendurado nas paredes!”.
Apesar da aparente inexistência de conteúdo, a obra é leiloada por oito milhões de francos ao governo Francês. Tal compra gera na comunidade uma controvérsia enorme sobre o desperdício ou o investimento que ali tinha sido feito.
Marcos Caruso dá início ao monólogo, num cenário minimalista, afirmando que “a arte contemporânea está em constante evolução, porque no momento em que alguma pessoa cria alguma coisa, essa pessoa é um artista contemporâneo”.
Em cerca de uma hora e meia de conversa, Marcos arrancou do público presente aplausos e gargalhadas constantes.
“O escândalo Philippe Dussaert” está em exibição em Portugal desde fevereiro. Permanece em Braga, no Theatro Circo, até ao dia 18 de março e termina em Águeda, no dia 24 de março.