O sistema de navegação pretende melhorar a circulação das pessoas nos centros urbanos europeus.

A Universidade do Minho é uma das responsáveis pela conceção de um sistema de navegação que pretende melhorar a circulação dos peões nas principais cidades europeias. A tecnologia ajudará as pessoas a “escolher o percurso pedonal mais adequado”, refere o coordenador do Centro de Território, Ambiente e Construção (CTAC) da UM, Rui Ramos.

O projeto “Smart Pedestrian Net- Smart Cities are Walkable” visa o desenvolvimento de um modelo “útil para a gestão da cidade” e que permita avaliar e otimizar as condições para se caminhar nos centros urbanos europeus. “Este modelo pioneiro vai orientar as metrópoles para as pessoas, colocando o modo pedonal como uma dimensão fundamental das cidades inteligentes e inclusivas”, explica Rui Ramos.

O sistema será avaliado, numa primeira fase, no Porto e em Bolonha, com o objetivo de orientar as suas políticas de planeamento urbanas e de transportes. O estudo envolve ainda avaliar as condições oferecidas por estes espaços aos peões e analisar o custo e os benefícios da promoção da circulação pedonal.

Para os investigadores do projeto, a aposta neste tipo de deslocação é fundamental para uma mobilidade mais sustentável e para incutir estilos de vida mais saudáveis, melhorando-se assim a qualidade do ambiente urbano. Além de melhorar a saúde, andar a pé reduz o congestionamento do tráfego e a poluição atmosférica.

No projeto estão também envolvidas a Universidade de Bolonha, a Universidade Europeia de Chipre e a Associação para o Desenvolvimento Sustentável e Inovador em Economia, Ambiente e Sociedade, da Áustria. A aprovação veio da Cofund Smart Urban Futures, no âmbito da “Joint Programming Initiative Urban Europe”, um programa lançado pela Comissão Europeia, e conta com um financiamento de cerca de um milhão de euros até 2020.